A Hapvida (HAPV3) figurou na ponta positiva do Ibovespa nesta terça-feira (16), liderando altas, e chegou a registrar 10% de valorização no intradia.
As ações da Hapvida fecharam em alta de 8,25%, a R$ 3,41, reagindo a um balanço que mostrou lucro líquido ajustado de R$ 33,1 milhões no primeiro trimestre de 2023.
Além disso, a empresa registrou receita líquida de R$ 6,7 bilhões, cifra que demonstra um crescimento de cerca de 13% ante igual etapa do ano anterior. Já o Ebitda cresceu 63,5%, para atuais R$ 634,5 milhões.
Com isso, o resultado da companhia de saúde ficou bem acima do esperado pelo consenso Bloomberg, que era de R$ 217 milhões de prejuízo e R$ 489 milhões de Ebitda.
O resultado foi suficiente para analistas atualizarem suas recomendações. O Bank of America (BofA), por exemplo, recomenda compra para HAPV3 com preço-alvo de R$ 4.
Segundo a casa, ‘o pior parece ter ficado no passado’.
“A Hapvida reportou um resultado trimestral forte de forma geral e, mais importante do que isso, ajudou a restaurar a confiança na companhia e em seu modelo de negócio – que estava sendo questionado pelo mercado, especialmente após os resultados do último trimestre de 2022”, dizem os analistas do BofA.
Especialistas do Santander, que recomenda compra com preço-alvo de R$ 4,50, também destacaram uma visão positiva sobre o resultado.
“Os resultados do Hapvida 1T23 preencheram lacunas importantes para oferecer um aumento sustentável rentabilidade de médio a longo prazo. Como dissemos anteriormente, os preços médios são os caminhos mais curtos para uma melhora rápida na sinistralidade e, neste trimestre, os preços médios saltaram cerca de 8,3% na base anual”, destacaram os especialistas.
XP vê ‘sinais positivos’ no resultado da Hapvida
Os especialistas da XP, que mantêm cautela com os papéis, também ressaltaram ter visto ‘sinais positivos em relação às margens’ e uma melhora operacional da companhia.
A recomendação é de compra para HAPV3, com preço-alvo de R$ 3,20.
“A dinâmica de receita continua desafiadora, com os cancelamentos ainda impactando as adições líquidas, mas com os preços subindo. A empresa mostrou sinais positivos tanto nos custos quanto nas despesas, com a sinistralidade começando a trazer algum alívio e as despesas administrativas se beneficiando de ganhos de eficiência”, destaca a casa.
“A alavancagem continua alta, mas é provável que diminua nos próximos trimestres, caso a empresa continue melhorando os resultados operacionais. Apesar dos resultados neutros, vemos indicações positivas de melhorias operacionais – especialmente na sinistralidade – dado que a redução pode apontar para resultados positivos ao longo do restante do ano”, completa, sobre a Hapvida.