Hapvida (HAPV3): quando a tempestade vai terminar? Analistas respondem
Nesta quarta-feira (30), analistas do Itaú BBA reforçaram a sua recomendação de “compra” para as ações da Hapvida (HAPV3), com o preço-alvo de R$ 8,50. As ações da operadora de saúde caíram mais de 30% no último mês.
O principal motivo para a queda foram os resultados do 3T22 da Hapvida, em que a companhia apresentou margens fracas. Os analistas acreditam que a margem foi significativamente afetada por um ajuste retroativo em função, dizem eles, de aumentos salariais acima do esperado.
Além disto, os ventos contrários enfrentados pelo setor de saúde no Brasil e cenários de ticket médio e custos médicos em função do crescimento do beneficiário também exercem a sua influência sobre a Hapvida.
A principal conclusão dos analistas do Itaú BBA é que, em meio a uma tempestade provocada pelo fluxo de notícias negativas sobre os participantes dos planos de saúde, o modelo integrado e verticalizado, que a Hapvida opera, se destaca como o mais sustentável.
Os planos de saúde verticalizados são utilizados por companhias, como a Hapvida, que investem em suas próprias estruturas.
Entretanto, mesmo que otimistas, os analistas do Itaú BBA se mantêm conservadores, diminuindo a projeção de lucro líquido ajustado em 27%.
O Goldman Sachs também comentou sobre sua posição com as ações da Hapvida. Os analistas consideram as tendências mais pessimistas na margem Ebitda ajustada para 2023 após a falha observada no último trimestre em SG&A recorrente.
Entretanto, o GS manteve a previsão de receita para a Hapvida inalterada, pois a queda nas adições líquidas no 3T22 foi compensada por um desempenho de ticket ligeiramente melhor.
Portanto, o Goldman Sachs manteve a recomendação de “compra” para os papéis da Hapvida, mas diminuiu o preço-alvo de R$ 9,50 para R$ 8,50.
Cotação da Hapvida
As ações da Hapvida fecharam em queda de 0,19%, cotadas a R$ 5,20 nesta quarta-feira (30).