Fernando Haddad deverá anunciar as primeiras medidas econômicas na próxima semana. A declaração foi feita após o ministro da Fazenda se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (4).
A fala de Haddad sobre as medidas econômicas ocorre num dia em que o governo teve de corrigir declarações divergentes na área econômica. Hoje, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse que não está em estudo nenhuma revisão da reforma da Previdência, ao contrário do que tinha anunciado ontem (3) o ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Durante a transição, Haddad tinha afirmado que a equipe econômica pretendia analisar as contas públicas para reestimar as receitas do governo e refazer a previsão de déficit primário para este ano.
Caso a arrecadação venha menor que o previsto, o governo poderá ter de aumentar impostos ou rever desonerações, mas o ministro da Fazenda não falou sobre essa possibilidade.
O déficit primário representa o resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública. O Orçamento de 2023 estabelece como meta um déficit de R$ 231,5 bilhões.
Equipe de Haddad avalia ajuste fiscal de R$ 223 bilhões para 2023
O Ministério da Fazenda avalia um plano de ajuste fiscal de R$ 223 bilhões para este ano. O estudo feito pela equipe liderada por Fernando Haddad tenta diminuir o rombo nas contas públicas de 2023.
O material foi revelado por descuido: jornalistas registravam a primeira reunião de Haddad com sua equipe econômica quando viram o estudo exposto no slide do encontro.
No slide, o estudo desenhado pela equipe econômica era o seguinte:
- Receitas extraordinárias: R$ 87,5 bilhões
- Reversão de desonerações e compensações: R$ 72,5 bilhões
- Redução de despesas: R$ 40 bilhões
- Ativos abandonados do PIS/Pasep: R$ 23 bilhões
- Total em 2023: R$ 223,08 bilhões (2,08% do PIB)
Integrantes da equipe econômica de Fernando Haddad confirmaram ao canal de notícias CNN Brasil que esse plano foi, de fato, discutido na reunião realizada na terça (3). Contudo, eles afirmam que esse não é projeto definitivo e foi debatido junto com outras possibilidades para o equilíbrio dos gastos e despesas do governo.
Com informações da Agência Brasil