E o Haddad? Lula estuda mais nomes para comando da Economia

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda mais nomes para o comando do Ministério da Economia do seu próximo governo. Além de Fernando Haddad, aparecem no páreo os petistas Rui Costa e Alexandre Padilha.

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Segundo informações publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo nesta quarta (30), aliados de Lula indicam que o ex-ministro da Educação pode assumir a pasta do Planejamento no próximo governo, e não o comando da Fazenda, como apontado anteriormente.

Durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), as áreas foram unificadas no Ministério da Economia, liderado atualmente por Paulo Guedes. O governo de transição pretende dividir as equipes econômicas novamente e recriar os ministérios da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio.

Quem vai ser o ministro da Economia do governo Lula?

Lula não abre mão de um ministro de sua plena confiança e comprometido com o combate à pobreza. Agentes do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão apontaram que preferem ver Haddad no Planejamento, e um liberal, como Persio Arida, na Fazenda. Contudo, o economista já avisou que não pretende assumir um ministério, o que mexeu no tabuleiro político e econômico.

Nesse cenário, os nomes de Costa e Padilha voltaram a circular entre economistas como opções de nomes do novo ministro da Economia.

Padilha tem bom trânsito com atores econômicos, mas o entorno de Lula aponta que ele pode ser escalado para assumir uma pasta que lidere as articulações políticas. Há quem defenda a Lula, inclusive, que seria mais urgente indicar o ministro responsável pela articulação do que o da Fazenda.

Rui Costa, atual governador da Bahia, deixará o cargo no final do ano e a sua presença em Brasília no próximo ano é dada como certa. Ele é um dos cotados para liderar a Casa Civil.

O economista André Lara Resende, o presidente do conselho de administração do Bradesco (BBDC4), Luiz Carlos Trabuco, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, também circulam como possíveis nomes para integrar a equipe do novo ministro da Economia do governo Lula.

Gomes é cotado para assumir o novo Ministério da Indústria, mas também tem nome citado para a Fazenda. Ele é filho de José Alencar (1931-2011), vice de Lula nos dois primeiros mandatos do petista. Para assumir o Ministério da Indústria também concorre Jackson Schneider, executivo da Embraer.

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Economia no governo Lula: Veja os nomes cotados

Além de Fernando Haddad, também são apontados como possíveis nomes da equipe econômica do novo presidente:

  • Rui Costa, economista e governador da Bahia;
  • Alexandre Padilha, deputado federal e ex-ministro dos governos Lula e Dilma
  • André Lara Resende, economista;
  • Luiz Carlos Trabuco, presidente do Conselho de Administração do Bradesco;
  • Josué Gomes, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
  • Jackson Schneider, executivo da Embraer

Em nota enviada ao Suno Notícias, Schneider afirmou que não foi sondado nem pretende integrar a equipe do novo governo, por razões pessoais. “Agradeço a lembrança de meu nome, mas minha contribuição se dará no âmbito da etapa de transição”, destacou o executivo.

Haddad no Ministério da Economia de Lula?

Na semana passada, o candidato derrotado na disputa pelo governo de São Paulo representou Lula no Almoço Anual de Dirigentes de Bancos da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Esse movimento, junto com a integração do petista na equipe econômica da transição, fez com que agentes do mercado financeiro dessem como certo o anúncio do nome do ex-prefeito de São Paulo para a Fazenda.

A reação ruim do mercado financeiro à fala de Haddad não tirou o petista do páreo. Pelo contrário, criou entre interlocutores de Lula a sensação de que qualquer sinal contrário ao fortalecimento de Haddad na área mostraria um recuo do presidente eleito à Faria Lima.

Na segunda (28), Haddad disse que não foi convidado por Lula para liderar a principal pasta econômica. “Fui convidado exclusivamente para interagir com o grupo de economia que fez a transição até aqui. Não recebi nenhum outro convite”. afirmou ele na ocasião.

Com Estadão Conteúdo

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Erick Matheus Nery

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