Haddad promete levar ao Congresso proposta para compensar desoneração da folha

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (14) que a equipe está “terminando os cálculos” e vai levar ao Congresso uma proposta de compensação da desoneração da folha de pagamentos em 2024.

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Haddad preferiu não antecipar cenários, que dependem do aval do presidente da República, Lula (PT), mas afirmou que a saída não fugirá do padrão já adotado pela Fazenda desde o início do ano passado.

Sem citar diretamente a agenda para ampliar a base de arrecadação, Haddad pontuou que as medidas já tomadas pela equipe neste âmbito buscavam atacar o que já se demonstrou ineficaz nas contas públicas, indicando que adotará esse mesmo caminho para encontrar receitas que compensem a desoneração.

“Proposta de compensação será nos marcos do que já temos feito, procurando (combater) sempre aquilo que foge a lógica, que não faz muito sentido, que já demonstrou que é ineficaz, que é na linha do que temos trabalhado desde o começo do ano passado sem surpresa, com muita compreensão por parte do Congresso”, afirmou o ministro a jornalistas.

Haddad negou haver qualquer estudo para que a compensação do benefício seja feita via aumento de tributo para empresas de petróleo ou bancos.

“Essa informação é absolutamente falsa, não tem nenhum estudo no MF que diga respeito a esse setores. Já temos alguns cenários mas nenhum deles diz respeito à notícia que saiu”, afirmou Haddad.

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Haddad diz que relação com Congresso está ‘muito boa’

O ministro da Fazenda afirmou ainda que a relação com o Congresso está “muito boa” e continuará dessa forma.

Segundo ele, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, está avaliando as formalidades sobre o encaminhamento do acordo da desoneração da folha no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nesse momento, Messias está discutindo as formalidades do acordo firmado e anunciado”, disse Haddad. “Nós fizemos acordo primeiro, agora estão terminando os cálculos e vamos levar ao Congresso uma proposta de compensação”, afirmou.

Como antecipou Haddad semana passada, o acordo prevê a manutenção da desoneração da folha em 2024, com retomada gradual entre 2025 e 2027, e a cobrança da alíquota cheia em 2028.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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