Após reunião ministerial no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou a jornalistas que deverá se reunir ainda nesta semana com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para apresentar o novo arcabouço fiscal.
Segundo Haddad o mandatário pediu a seus assessores que marquem uma agenda um horário para para que a equipe econômica apresente a proposta de novo arcabouço fiscal. Além de Lula, deverá estar presente na reunião o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Haddad repetiu a intenção de tornar pública a proposta de lei complementar — que já conta com o aval de Lula — antes da viagem presidencial à China, que será no fim da próxima semana.
“O nosso cronograma está em dia”, afirmou, ao retornar ao edifício da Pasta.
Arcabouço fiscal foi apresentado a Alckmin
O ministro da Fazenda também apresentou a proposta de novo arcabouço nesta terça ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
A reunião foi muito boa. Apresentamos a proposta e a reação dele foi muito boa.
Participaram também do encontro entre Haddad e Alckimin o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
O ministro já havia anunciado que a ideia era apresentar a nova âncora fiscal à equipe econômica para, depois, levar à aprovação de Lula. Na semana passada, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, conheceu o teor do arcabouço.
Novo teto de gastos está pronto
Na segunda-feira passada (6), Haddad, afirmou que o arcabouço fiscal que substituirá o teto de gastos já estava concluído.
“Será uma proposta da sociedade, porque vai envolver uma Lei complementar a ser aprovada pelo Congresso Nacional. Nesse momento estamos com o nosso desenho fechado. Vamos apresentar para a área econômica, levar ao presidente Lula e encaminhar ao Congresso Nacional”, destacou Haddad ao conversar com a imprensa após uma reunião com o presidente.
Havia a expectativa de que o novo arcabouço fiscal fosse apresentado hoje ao governante, o que não ocorreu. Com a medida que substituirá o teto de gastos, o governo espera conseguir auxiliar no controle financeiro para estabilizar a dívida pública, mas sem prejudicar investimentos e outros gastos considerados prioritários.
Com informações do Estadão Conteúdo