O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, informou nessa terça-feira (28) que o País irá procurar um novo plano com o Fundo Monetário Internacional (FMI), independente de qual for a conclusão das negociações com os credores privados sobre a reestruturação da dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 338 bilhões). As informações são do portal ‘Bloomberg’.
Durante uma entrevista à ‘TV Blomberg’, o ministro da Argentina explicou que “após o processo de reestruturação da dívida com os credores privados, esperamos solicitar um novo programa do FMI que substitua o anterior, que não funcionou”, e completou “isso vai ocorrer independentemente do que acontecer com os credores privados”.
Vale destacar que o governo antecedente já negociou com o FMI um acordo de US$ 56 bilhões (cerca de R$ 280 bilhões) que ainda não foi concluído. Além disso, a nação presidida por Alberto Fernández, deve reestruturar a dívida externa de US$ 65 bilhões até 4 de agosto.
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Já em relação a consolidação fiscal, o ministro indicou que deve acontecer em um ritmo que permita à economia se recuperar e para sustentar essa recuperação.
O ministro da Economia também afirmou que o governo poderia avaliar uma melhora nos termos da oferta, apesar de ter anunciado que a Argentina alcançou o limite em relação ao que consegue ofertar aos credores nesse momento.
Além disso, comentou que “melhoramos significativamente a oferta e chegamos a um ponto em que é o esforço máximo que a Argentina pode fazer sem comprometer o curso social que tentamos alcançar”, e declarou que “não esperamos acessar os mercados internacionais por um tempo”.
Argentina rejeita contraproposta de credores para reestruturar dívida
O governo da Argentina comunicou no último sábado (25) que rejeitou a contraproposta realizada por grupos de credores para reestruturar a dívida de US$ 65 bilhões (cerca de R$ 338 bilhões).
O governo do presidente Alberto Fernández ressaltou, no entanto, que aceita negociar a melhoria dos termos legais. A Argentina pontuou que não possui condições de pagar mais do que ofereceu em sua proposta de 6 de julho, porém diz estar disposta a modificar os termos contratuais para refinar o resultado do processo de reestruturação.
Veja também: Argentina: credores rejeitam oferta de swap e fazem nova proposta
“A Argentina quer contribuir e contribuirá para a elaboração de instrumentos contratuais que melhorem o sucesso das iniciativas de reestruturação da dívida soberana quando os devedores tiverem um apoio significativo dos credores”, manifestou o Ministério da Economia em comunicado.
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