O Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) elegeu o novo presidente do banco na última quarta-feira (3). O engenheiro Gustavo Henrique Moreira Montezano foi eleito em reunião extraordinária, no entanto, ainda não foi divulgado quando ele assume o cargo.
Montezano tem 38 anos e foi convidado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes para assumir o BNDES. Antes disso, o engenheiro era secretário especial adjunto da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados.
O novo presidente do BNDES substituirá o economista Joaquim Levy. Montezano é mestre em economia pela Faculdade de Economia e Finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais do Rio de Janeiro e graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia.
O engenheiro foi analista de private equity, do Banco Opportunity, no Rio de Janeiro, e pouco tempo depois se transferiu para o BTG Pactual, onde se tornou sócio em 2009. Em 2016, foi para Londres onde se tornou executivo chefe da Engelhart Commodities Trading Partners, braço do BTG Commodities.
Demissão de Levy
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu demissão do cargo no último mesmo. O pedido foi entregue ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e anunciado em 16 de junho.
Saiba mais: Joaquim Levy pede demissão da presidência do BNDES
“Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda”, disse Levy em um trecho da nota divulgada.
O pedido de desligamento de Levy aconteceu um dia após o presidente Jair Bolsonaro ameaçar a sua demissão, afirmando que o economista estava com a “cabeça a prêmio”.
Bolsonaro explicou que mandou Joaquim Levy demitir o diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. Segundo o presidente, se Barbosa Pinto não for demitido, o próprio Levy seria demitido.
Em novembro de 2018, Bolsonaro afirmou que houve reação após o nome de Levy ter sido indicado à presidência do BNDES. Segundo o atual presidente, isso ocorreu porque o executivo serviu à Dilma e ao ex-governador do Rio do Janeiro, Sérgio Cabral.