Nos últimos anos, conversar com robôs nas plataformas digitais tornou-se algo presente no dia a dia. Com a atual revolução tecnológica promovida pelo ChatGPT, a expectativa é de que esses chatbots sejam aprimorados cada vez mais rápido e consigam protagonizar bate-papos como se fossem conversas reais entre duas pessoas.
“Graças ao fato de serem treinados com uma grande quantidade de dados, esses chatbots também são muito articulados e parecidos com os humanos”, detalha Gaurav Kachhawa, chefe de produto da Gupshup, em entrevista ao Suno Notícias.
A Gupshup é uma empresa internacional focada na construção de plataformas de mensagens de conversação para empresas. O negócio atende empresas na Ásia, Europa, Estados Unidos e também no Brasil. Segundo Kachhawa, empresas do setor financeiro são algumas das principais interessadas em soluções deste tipo. “Algumas dessas empresas já estão em vários estágios de integração”, adianta.
“Com o ChatGPT, podemos entregar valor ao usuário muito mais rapidamente. Nosso ingrediente secreto é justamente a maneira como adaptamos e ajustamos o LLM [modelos de linguagem de grande porte, em tradução livre] para cada negócio específico”, exemplifica.
Beerud Sheth, cofundador e CEO da Gupshup, revela à reportagem que um dos trunfos da operação brasileira da empresa é o uso do WhatsApp para fomentar esse diálogo entre clientes e marca: “O fato de ser o maior parceiro da Meta (M1TA34) e ter a experiência de trabalhar com mais de 45 mil marcas em todo o mundo coloca a empresa na melhor posição para fornecer soluções do WhatsApp que ajudam as empresas a aumentar seu rol”.
É incrível porque, ao se conectar com as marcas via WhatsApp, os clientes podem evitar os longos atrasos habituais nas chamadas para o call center, fazer perguntas, receber notificações, concluir compras e fazer pagamentos, tudo por meio de apenas um chatbot no WhatsApp, no site, no Instagram ou até mesmo por voz.
Segundo o executivo, a empresa prevê uma receita de US$ 400 milhões neste ano e a América Latina é o segundo maior mercado da companhia. “A contribuição da região será significativa”, afirma.
“Inteligência artificial está em um estágio bastante avançado”
Sheth explica que a inteligência artificial, tecnologia-base de ferramentas como o ChatGPT, focada em conversa de empresas, está “em um estágio bastante avançado”.
“De fato, algumas de nossas ferramentas já possuem inteligência intuitiva incorporada. Por exemplo, nosso assistente de compras digital vem pré-treinado com experiência no domínio do varejo para lidar com as interações do consumidor com recomendações precisas baseadas em necessidades específicas”, comenta.
“Dito isso, o ChatGPT é um desenvolvimento significativo na compreensão da linguagem. Os chatbots baseados em IA generativa da nova era são articulados, possuem compreensão contextual e dificilmente apresentam falhas. É quase como conversar com um ser humano”, projeta.
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