Guido Mantega na Vale (VALE3)? Governo trabalha para colocar ex-ministro no conselho, diz jornal
O presidente Lula trabalha para acomodar o ex-ministro Guido Mantega, titular do Ministério da Fazenda de 2006 a 2014, no conselho de administração da Vale (VALE3), ex-estatal privatizada há 26 anos, segundo o Estadão.
Segundo a publicação, o arranjo foi elaborado às vésperas da sucessão na companhia: no fim deste mês, o conselho de administração da Vale decidirá se reconduz o atual presidente, Eduardo Bartolomeo, que já declarou ter a intenção de permanecer no cargo.
Ainda de acordo com o Estadão, o governo, que ainda tem influência na empresa, concorda em manter Bartolomeo na presidência da Vale e renovar o seu mandato por mais um ano, até abril de 2025.
Guido Mantega, cujo nome Lula tentou emplacar para dirigir a Vale no ano passado, seria então acomodado em um dos assentos da Previ no conselho de administração, acrescenta o jornal. Auxiliares do presidente afirmam que, desde que chegou ao Palácio do Planalto, Lula fala em retribuir Mantega pelos trabalhos prestados ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Se a investida prosperar, diz o Estadão, o ex-ministro terá uma remuneração aproximada de R$ 100 mil por mês. O trabalho prevê uma reunião ordinária mensal e a atuação obrigatória em dois comitês internos.
Desempenho ruim no início do ano? Vale (VALE3) é a preferida do BBA, que projeta recuperação e mais de 20% de alta nas ações
Na semana passada, analistas do Itaú BBA, em seu novo parecer sobre as ações da Vale, reiteraram que enxergam a companhia como sua predileta dentre o segmento de siderurgia e mineração – apesar de a companhia apresentar desempenho negativo no Ibovespa em 2024, com queda de 7%.
O relatório se deu após uma revisão de modelo do BBA. A casa manteve o preço-alvo das ações da Vale em R$ 88 – o que implicaria em uma alta de 22% nos papéis VALE3, dada a cotação atual.
Contudo, para as ADRs da companhia, o preço-alvo foi cortado de US$ 19 para US$ 18.
“Atualizamos nosso modelo para incorporar o novo guidance da Vale para investimentos, volumes e custos e nossas mais recentes premissas macroeconômicas e de custo de capital, além da curva de preços de minério de ferro”, justifica Daniel Sasson.
Os especialistas destacam que o mercado de minério de ferro deve seguir relativamente apertado no curto prazo.
O relatório se deu após uma revisão de modelo do BBA. A casa manteve o preço-alvo das ações da Vale em R$ 88 – o que implicaria em uma alta de 22% nos papéis VALE3, dada a cotação atual.
Contudo, para as ADRs da companhia, o preço-alvo foi cortado de US$ 19 para US$ 18.
“Atualizamos nosso modelo para incorporar o novo guidance da Vale para investimentos, volumes e custos e nossas mais recentes premissas macroeconômicas e de custo de capital, além da curva de preços de minério de ferro”, justifica Daniel Sasson.
Os especialistas destacam que o mercado de minério de ferro deve seguir relativamente apertado no curto prazo.
“Os preços do minério de ferro têm oscilado em cerca de US$ 130 a 140 por tonelada nas últimas semanas, apoiado pelas expectativas de aumento no consumo de aço e demanda na China após o anúncio de dois pacotes de estímulo no país”.
O BBA ressalta que, juntos, os dois pacotes deverão totalizar cerca de 2 trilhões de yuans (ou cerca de US$ 280 bilhões), o que poderia compensar uma recuperação lenta do mercado.
“Em suma, prevemos uma dinâmica de oferta e demanda um tanto restrita para a indústria de minério de ferro entrando em 2024, com produção sazonalmente mais fraca no 1T24 e produção de aço ainda resiliente na China” conclui a casa sobre as ações da Vale, que pode ter o ex-ministro Guido Mantega como conselheiro.