Guerra na Ucrânia? Veja 5 dicas para proteger a carteira de investimentos

O presidente da Rússia, Vladmir Putin, anunciou na madrugada desta quinta-feira (24) que o país iniciou uma ofensiva militar na região de Donbass, no leste da Ucrânia. Com isso, a guerra que, até então, era só uma possibilidade foi iniciada.

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O banco suíço UBS BB avalia que, em momentos de crises geopolíticas – como a observada atualmente entre Rússia e Ucrânia -, os maiores riscos para o potfólio são a reação exagerada dos investidores e a subdiversificação de ativos.

Segundo a análise, a queda no valor de ações por causa de eventos de estresse é de curta duração e tem efeitos reduzidos em portfólios bem diversificados. Ainda assim, o banco suíço pondera que a situação na Rússia e na Ucrânia é altamente incerta e requer a atenção para o bom preparo em qualquer cenário.

“Embora seja impossível julgar o momento preciso e a magnitude dos efeitos geopolíticos nos mercados, esses eventos geralmente não impedem a valorização de ações em um horizonte de médio prazo”, diz relatório.

Sendo assim, com a guerra na Ucrânia e avanço da Rússia nos territórios separatistas, o banco listou 5 dicas para os investidores em tempos de crises geopolíticas.

“Achamos importante que os investidores mantenham uma postura calma e uma perspectiva ampla, o que ajuda a construir um portfólio robusto o suficiente para sobreviver à crise da Ucrânia e ao aumento das taxas de juros dos EUA”, diz o UBS.

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Dica 1: Mantenha um portfólio diversificado

Segundo o UBS BB, com um portfólio diversificado entre regiões, setores e classes de ativos, os investidores podem reduzir a exposição de suas carteiras frente aos riscos relacionados à crise na Ucrânia, ou frente a outros potenciais riscos políticos em todo o mundo.

Dica 2: Invista em commodities como barreira ao risco geopolítico

A Rússia responde por cerca de 40% das importações de gás da União Europeia e 30% do seu petróleo vai para importações, além de ser o maior fornecedor de trigo do mundo. Enquanto isso, a Ucrânia é exportadora de grãos como milho, trigo e oleaginosas.

“Em meio ao risco de interrupções no fornecimento, acreditamos que as commodities podem ser um ‘hedge geopolítico’ para as carteiras, além de oferecer uma atrativa fonte de retorno em um ambiente de crescimento acelerado, inflação e taxas de juros mais altas”, recomenda o relatório do UBS.

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Dica 3: Posicione-se esperando um dólar mais forte

Segundo o banco suíço, o dólar americano é um “porto seguro”. A moeda tende a subir em casos de maior incerteza geopolítica ou sentimento de risco nos mercados financeiros.

“Além disso, estimamos entre seis ou sete aumentos nas taxas de juros dos EUA neste ano, que provavelmente apoiarão a alta do dólar americano nos próximos meses. Com isso, vemos a moeda como uma posição de câmbio atraente no momento”, observa.

Dica 4: Compre empresas de setores líderes no crescimento global

Em um cenário de maiores preocupações com a Ucrânia, inflação e taxas de juros ao redor do mundo, o UBS BB ressalta que é importante lembrar que o crescimento econômico global está se acelerando com o fim das restrições relacionadas à pandemia de Covid-19: “Achamos que isso deve favorecer setores e mercados cíclicos, incluindo energia, finanças e a zona euro”.

Além disso, o banco aponta que, apesar da proximidade com a crise na Ucrânia, o desempenho das ações da zona do euro mostra que as forças de recuperação econômica na região estão fortes e são potencialmente mais importantes para os mercados globais do que os eventos na Europa Oriental.

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Dica 5: Construa posições defensivas

Com muitas incertezas no radar em relação ao período em que a crise na Ucrânia pode se estender, o UBS BB aconselha os investidores a procurarem reduzir a volatilidade das carteiras por meio de posições em setores defensivos.

“A saúde global ainda é nosso setor defensivo preferido. Também vemos estratégias de dividendos, de alocação e a utilização de soluções estruturadas como meios potencialmente atrativos para melhorar os perfis de risco-retorno das carteiras”. recomenda o banco.

Leia mais aqui: 

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Monique Lima

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