A Embaixada do Brasil enviou diplomatas em Ismaília, na fronteira do Egito, para permitir a retirada dos brasileiros que estão na Faixa de Gaza, em meio à guerra Israel e Hamas.
“Nós e também outras embaixadas não podemos entrar no Sinai. Dependemos de uma autorização expressa do governo egípcio”, disse o embaixador ao jornal O Globo. Ismaília fica a cerca de duas horas da fronteira do Gaza, nas proximidades da cidade de Rafah, e é até onde os diplomatas podem se deslocar.
O quinto avião com brasileiros chegou de Israel à 1h45 (horário de Brasília) deste domingo (15). Foram repatriados 215 brasileiros, além de 16 animais de estimação. Com isso, o número total de repatriados chega a 916 pessoas.
Mas ainda há 22 brasileiros prontos para evacuação em Gaza, dentre 28 pessoas de outras nacionalidades nesta situação.
Ainda hoje, o governo federal informou que mais um voo, o sexto, está previsto para a próxima quarta-feira (18) para resgatar os brasileiros.
Também, segundo reportagem do Valor Econômico, o embaixador do Brasil em Tel-Aviv, Frederico Meyer afirmou que não há registro da existência de brasileiros reféns do Hamas. Ele acrescentou, contudo, que há muitas informações desencontradas, por isso o governo só trabalha com informações do governo israelense, da Interpol e dos familiares nesse caso. A afirmação foi feita com base nelas.
Estados Unidos preocupado com guerra Israel-Hamas
Amanhã (16), o principal diplomata americano, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fará uma segunda parada em Israel para atualizar as informações sobre a guerra do Oriente Médio, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, a jornalistas. Na semana passada, Blinken já teve reuniões com representantes locais.
Neste domingo, representantes da ONU informaram que um foguete atingiu o quartel-general da missão de manutenção da paz da organização no Líbano (Unifil) na cidade de Naqoura, no sul do país, sem deixar feridos.
Importante comandante do Hamas é morto
Billal Al Kedra, comandante do Hamas responsável pelo massacre civil do Kibutz Nirim, foi morto na noite de sábado (14), disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF) hoje.
Enquanto isso, uma invasão terrestre israelense ao território se torna cada vez mais iminente e as Nações Unidas alertam sobre uma crescente crise humanitária no enclave.
De acordo com informações do Valor Econômico, ainda neste domingo, palestinos localizados na parte norte da Faixa de Gaza fogem para o sul no domingo a pé, em carros e em carroças puxadas por burros, enquanto os militares israelenses abriam uma janela de segurança de três horas, durante as quais prometeram não realizar ataques aéreos em uma estrada central.
O número de mortos no conflito entre Israel e Hamas já é o mais mortal em Gaza em toda a história, e o pior em 50 anos para Israel.
Cerca de 3,7 mil pessoas morreram na guerra Israel-Hamas: – 2,3 mil em Gaza, segundo o último balanço palestino, divulgado neste domingo, e 1,4 mil em Israel, segundo as autoridades locais. A maioria das mortes de ambos os lados é de civis.
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