Guerra comercial: EUA e China negociam acordo cambial

Negociadores dos Estados Unidos e China estariam trabalhando para um possível acordo cambial que visa o impedimento de tarifas adicionais do país norte-americano, evitando a manipulação cambial durante a guerra comercial. A informação foi divulgada pela agência Reuters nesta quinta-feira (10).

Segundo o chefe de assuntos internacionais da Câmara de Comércio dos EUA, Myron Brilliant, houve um encontro com o vice-premiê chinês Liu He na última quarta (09). O encontro ocorreu às vésperas das negociações, que durarão dois dias, entre o chinês, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro norte-americano, Sterven Mnuchin, em mais uma fase da guerra comercial.

De acordo com Brilliant, as autoridades estão “tentando encontrar um caminho para um acordo maior, progredindo em relação a acesso ao mercado, proteção da propriedade intelectual e outras áreas . Acredito que exista até mesmo a possibilidade de um acordo cambial nesta semana. Acho que isso poderia levar a uma decisão do governo dos EUA de não propor um aumento das tarifas em 15 de outubro.”

Guerra comercial

O governo da China comunicou, na última quarta (09), que está disposto a realizar um acordo parcial com os Estados Unidos para encerrar a guerra comercial. A informação foi divulgada pela agência de notícias “Bloomberg”.

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Nesta quarta, o presidente norte-americano, Donald Trump, deu uma declaração favorável ao acordo em mais um episódio da guerra comercial.

Em Washington, Trump disse à jornalistas que: “Se pudermos fazer um acordo, faremos um acordo, há uma chance muito boa.”

Saiba mais: China sinaliza acordo parcial com EUA

No entanto, o país asiático ressaltou que para que ocorra, o governo norte-americano deve suspender o plano de aplicar novas tarifas comerciais contra produtos da China.

De acordo com as fontes da “Bloomberg”, o objetivo é reduzir os impactos que as tarifas norte-americanas estão causando no desenvolvimento econômico da China durante a guerra comercial. E, em troca, Pequim ofereceria concessões, como por exemplo, a compra de mais produtos agrícolas, mas com ressalvas à outros pontos importantes.

Rafael Lara

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