O Brasil pode ter colhido dividendos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. A disputa entre as duas potências rendeu mais de US$ 10,5 bilhões às exportações brasileira, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU). A informação é do Estado de S. Paulo.
A guerra comercial entre Estados Unidos e China, entretanto, pode trazer efeitos negativos. A competitividade de setores de alimentação que usam a soja como insumo, por exemplo, corre o risco de ficar prejudicada.
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O estudo da ONU tenta mapear quem ganharia e quem perderia com a histórica tensão entre Washington e Pequim. Seus resultados vão na contramão do que esperava o presidente Donald Trump com o acirramento da disputa comercial.
A Casa Branca esperava que as barreiras impostas sobre produtos chineses fariam consumidores americanos substituírem esses produtos pelos mesmos itens fabricados nos Estados Unidos. O levantamento, no entanto, constata que as sanções apenas farão com que os bens chineses sejam trocados por bens de outros países.
Outra pesquisa, liderada pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento(Unctad), diz que quem mais ganharia com o aumento das tarifas nos Estados Unidos e na China seriam os europeus. Eles podem receber US$ 70 bilhões com o cenário.
Desses US$ 70 bilhões, US$ 50 bilhões corresponderiam pelo preenchimento do vácuo deixado no mercado americano pela ausência dos produtos chineses. E os outros US$ 20 bilhões viriam da maior penetração no mercado da China, que, por sua vez, procuraria substituir os importados americanos.
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Os maiores ‘ganhadores’ da expansão da guerra comercial entre Estados Unidos e China
- União Europeia: US$ 70 bilhões
- México: US$ 27 bilhões
- Japão: US$ 24 bilhões
- Canadá: US$ 22 bilhões
- Coreia do Sul: US$ 14 bilhões
- Índia: US$ 11 bilhões
- Austrália: US$ 11 bilhões
- Brasil: US$ 10,5 bilhões
- Taiwan: US$ 10,5 bilhões
- Vietnã: US$ 7 bilhões
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