Guerra comercial afeta 75% das empresas americanas na China

De acordo com uma pesquisa publicada pela Câmara de Comércio Americana na China cerca de 74,9% das empresas dos Estados Unidos estão sendo afetadas negativamente pela guerra comercial.

A pesquisa foi realizada nesta quarta-feira (22), e demonstra que algumas empresas do EUA deverão deixar a China ou reorientar seus negócios devido a guerra comercial. “O impacto negativo das tarifas é claro e prejudica a competitividade das empresas americanas na China”, diz o relatório.

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Impactados

A pesquisa foi realizada entre os dias 16 e 20 de maio e participaram 250 empresas. Essas estão relacionadas com:

  • manufatura – 61,6%;
  • serviços – 25,5%
  • venda no varejo e distribuição – 3,8%
  • com outras indústrias – 9,6%

Os fabricantes foram os que mais sentiram os impactos da guerra comercial. 81,5% foram afetados pelas tarifas americanas e 85,2% pelas tarifas chinesas.

De acordo com a pesquisa, cerca de 75% responderam que o aumento das taxas de importação têm impacto negativo em seus negócios. Conforme os entrevistados esse impacto é porque a demanda foi reduzida, consequentemente aumentando os custos de produção e de preço.

Outros resultados

Cerca de 35% demonstraram que pensam em adotar uma medida de “na China e para a China“, que procura estabelecer a fabricação e o fornecimento dentro do país asiático.

“Essa estratégia é uma opção racional para muitas empresas se isolarem dos efeitos das tarifas. Além de manterem sua capacidade de buscar oportunidades no mercado interno”, afirma o relatório.

Saiba Mais: China diz que nunca vai se render à pressão dos EUA; entenda a guerra comercial

No entanto, outros 40% afirmaram que consideram transferir os centros de produção para outros países. Desses, menos de 6% consideraram planejar mudar a fabricação para os Estados Unidos.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, se pronunciou dizendo que “Pequim continua comprometido em fornecer um ambiente justo, transparente e indiscriminado para todas as empresas.”

Aproximadamente 14% reclamam de outras complicações que surgiram após a guerra comercial como a supervisão burocrática e o rigor com a regulamentação.

Poliana Santos

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