A China entrará com um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas impostas pelos Estados Unidos, na guerra comercial. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (2) por meio de um comunicado do Ministério do Comércio chinês.
As novas tarifas, de US$ 300 bilhões sobre produtos chineses, impostas pelo governo norte-americano entraram em vigor no último domingo (1). A OMC deverá analisar o pedido da China com base no contexto da guerra comercial.
“Em acordo com as regras relevantes da OMC, a China vai salvaguardar firmemente os seus direitos e interesses legítimos e defender resolutamente o sistema de comércio multilateral e a ordem internacional do comércio”, diz o comunicado divulgado pelo país asiático.
O país ressalta ainda que as tarifas violam o acordo realizado entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, em Osaka. Os dois mandatários se encontraram no Japão durante a cúpula do G20, no dia 29 de junho.
Retaliação da China
Em resposta às novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos chineses, o país asiático irá impor tarifas adicionais sobre US$ 75 bilhões de produtos norte-americanos.
O ministério de Economia da China informou que as taxas entre 5% e 25%, atingindo principalmente os automóveis. A implementação deve ocorrer em duas etapas. A primeira teve início no último domingo (1) e a próxima valerá a partir de 15 de dezembro.
As datas anunciadas pelo governo da China são as mesmas que Donald Trump escolheu para as tarifas dos Estados Unidos sobre os produtos chineses.
Acordo para acabar com a guerra comercial
Na última segunda-feira (26), o presidente Donald Trump afirmou que pretende concluir o acordo comercial com a China.
Saiba mais: Acordo comercial com China retornará em breve, diz Trump
“A China ligou ontem à noite para o nosso principal representante e disse: ‘voltemos à mesa’, então voltaremos à mesa. Acho que eles querem fazer alguma coisa. Acho que vamos ter um acordo”, disse Trump.
Além disso, o vice-premiê da China, Liu He, afirmou estar disposto a resolver a guerra comercial com calma por meio de consultas e cooperação.
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