O Ministério do Comércio da China comunicou, nesta quinta-feira (7), que o país asiático e os EUA concordaram em cancelar em fases as tarifas adotadas durante sua guerra comercial. Apesar do comunicado, o Ministério não especificou um cronograma.
O planejamento é de que um acordo provisório sobre a guerra comercial entre EUA e China possa incluir uma promessa dos norte-americanos de retirar as tarifas que devem entrar em vigor em 15 de dezembro em cerca de US$ 156 bilhões em importações chinesas, que incluem :
- celulares;
- laptops;
- brinquedos.
De acordo com o porta-voz do ministério chinês, Gao Feng, o cancelamento das tarifas era uma condição importante para qualquer acordo. Além disso, Gao afirmou que ambos deveriam cancelar simultaneamente algumas tarifas para que se alcance a “fase um” de um acordo comercial.
Em entrevista, Gao salientou: “A guerra comercial começou com tarifas, e deve terminar com o cancelamento de tarifas”.
A proporção de tarifas canceladas para que os dois países possam chegar à “fase um” do acordo deve ser a mesma, mas o número a ser cancelado pode ser negociado, completou Gao.
“Nas últimas duas semanas, os principais negociadores de ambos os lados tiveram discussões sérias e construtivas para resolver várias preocupações de forma apropriada. Ambos os lados concordaram em cancelar tarifas adicionais em diferentes fases, já que os dois fizeram progresso em suas negociações.”, afirmou o porta-voz.
Guerra comercial e Apec
O governo dos Estados Unidos já havia informado, no dia 30 de outubro, que espera assinar um acordo comercial inicial com a China no próximo mês, mesmo após o cancelamento da cúpula da Apec no Chile. As autoridades de ambos os países esperavam finalizar o pacto relacionado à guerra comercial no evento.
Saiba mais: Guerra comercial: EUA ainda esperam acordo com China em novembro
Os EUA também afirmaram que a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) ainda não tem um local alternativo para que possa ocorrer do dia 11 ao dia 17 de novembro, após o governo chileno cancelar o plano de sediar o encontro com os líderes mundiais que marcaria um acordo na guerra comercial.
O governo norte-americano salientou sobre a guerra comercial: “Estamos ansiosos para finalizar a fase um do histórico acordo comercial com a China dentro do mesmo período de tempo”.
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