Guerra comercial beneficia exportações do Brasil, diz Fintch Solutions
A guerra comercial entre as duas maiores potencias econômicas, Estados Unidos e China, tem beneficiado o Brasil.
A consultoria Fitch Solutions classifica o Brasil como o maior vencedor da disputa comercial no setor agrícola e proteínas animais. Reitera que ainda que haja acordo entre os dois países é improvável que os importadores da China mudem de fornecedor.
Desde o início da guerra os chineses têm procurado outros países para comprarem produtos agrícolas. Dessa forma, a Fintch informa que há outros “vencedores” em potencial com essa disputa.
“Outros vencedores em potencial incluem produtores da União Europeia, produtores de carne bovina da Austrália, Nova Zelândia e Uruguai, além de produtores de ave na argentina”, ressalta a consultoria.
As informações foram divulgadas e apuradas pelo jornal “Estado de S.Paulo”.
A Finch informa que a estimativa para este ano é uma redução de 30% da produção de carne suína, devido a peste suína africana, resultando em um aumento significativo nas importações chinesas. As exportações de carne suína brasileira para China aumentaram 107% em julho, em comparação com base anual.
Importações de carne suína do Brasil pela China crescem
O aumento das importações da carne suína brasileira em 107% representa 182.227 toneladas de carne de porco adquirido no mês passado pela China. A elevação expressiva se deve a epidemia da peste suína no país asiático.
De acordo com dados do governo chinês, a epidemia que dizimou um terço do maior rebanho de porcos do mundo, já dura um ano. Os primeiros sete meses do ano foram benéficos para as exportações de carne brasileira
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) a exportação de carne suína registrou aumento de 19,6%, por sua vez, a exportação de frango registrou 5,8%.
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Do total das exportações a China é responsável por 28,2% da carne suína e 13% de frango.
O presidente da ABPA, Francisco Turra, afirmou que para os próximos cinco meses a tendência é de crescimento gradual devido a demanda externa.
“Hoje, somo o quarto maior produtor mundial de suínos. O Brasil tem elasticidade de ter um grande consumo interno e densidade de volume e adensamento de animais. Os produtores não estão fazendo movimento exacerbados de expectativas e, sim, aguardando a demanda externa”, completou Turra.