O presidente do Banco Central da China, Yi Gang, disse nesta sexta-feira (07) que o país asiático tem margens para ajustar a política monetária se a guerra comercial com EUA se agravar. “Temos muito espaço nos juros, assim como nos compulsórios e também na política monetária e fiscal. Penso que o espaço para ajustes é tremendo”, declarou em entrevista à Bloomberg.
Além disso, Gang acrescentou que espera “como sempre, uma conversa produtiva” com o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin. O encontro deve ocorrer na reunião de ministros de finanças e presidentes de BCs promovida pelo G-20. Porém, ele classificou a situação entre Estados Unidos e China como “incerta e difícil”.
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Os contratos mais negociados no segmento offshore da moeda chinesa, o yuan, desvalorizaram 2,5% em maio até se estabilizarem nas últimas sessões. A indicação de que autoridades atuarão para diminuir a venda do yuan acamou o mercado. Apesar disso, nesta sexta-feira, o yuan chegou a despencar 6,96 por dólar, atingindo o mais fraco nível intradia desde novembro.
Acirramento da guerra comercial
O presidente Donald Trump ameaçou na última quinta-feira impor novas tarifas sobre os produtos chineses. De acordo com a declaração do presidente a imposição será de “ao menos” US$ 300 bilhões. Além disso, Trump acredita que a China e o México desejam fazer acordos com os Estados Unidos.
“Nossas conversas com a China, muitas coisas interessantes estão acontecendo. Veremos o que ocorre… eu poderia aumentar ao menos outros US$ 300 bilhões, e o farei na hora certa”, disse Donald Trump.
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Em resposta, o Ministério do Comércio chinês se manifestou afirmando que as relações entre as duas maiores economias do mundo tem sido benéfica para os EUA. Além disso, acrescentou que as afirmações sobre a China se aproveitando da relação é infundada.
“Desde que o novo governo dos EUA tomou posse, vem desconsiderando a natureza mutuamente benéfica e vantajosa da cooperação econômica e comercial China-EUA e advogando a teoria de que os Estados Unidos foram ‘derrotados’ pela China no comércio”, disse o relatório do Ministério.
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