A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou, nesta sexta-feira (17), que a assinatura da primeira fase do acordo para encerrar a guerra comercial reduzirá, mas não eliminará, as incertezas relacionadas ao crescimento da economia global.
Segundo Georgieva, o FMI previa uma redução de 0,8%, ou US$ 700 bilhões, no crescimento da Produto Interno Bruto (PIB) mundial por conta da guerra comercial.
As tarifas alfandegárias impostas entre os Estados Unidos e a China são responsáveis por cerca de um terço desta desaceleração. Isso porque, de acordo com a diretora do FMI, as sanções reduziram o investimento empresarial global.
A diretora da organização internacional afirmou que o acordo é somente uma solução provisória. Portanto, o impacto da guerra comercial no investimento não será eliminado.
“O que estamos vendo agora é que temos alguma redução dessa incerteza, mas ela não foi eliminada”, afirmou Georgieva.
Georgieva não informou a projeção de crescimento do FMI para a economia global neste ano. Segundo ela, a informação será divulgada no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. No entanto, a diretora adiantou que a estimativa é que o PIB da China avance 6% neste ano por conta da assinatura do acordo comercial.
UE avaliará acordo da guerra comercial
O chefe de comércio da União Europeia (UE), Phil Hogan, afirmou, na última quinta-feira (16), que o bloco irá verificar se o acordo preliminar entre EUA e a China na guerra comercial está de acordo com as regras internacionais sobre comércio.
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“Teremos que avaliar se ele é compatível com a Organização Mundial do Comércio (OMC)“, afirmou Hogan por chamada de vídeo de Washington, onde ele está com autoridades norte-americanas nesta semana.
Na última quarta-feira (15), as duas maiores potências do planeta assinaram a a primeira fase do acordo comercial. Na fase inicial do acordo para encerrar a guerra comercial, a China prometeu comprar mais de US$ 200 bilhões em produtos dos Estados Unidos em um período de dois anos.
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