Guedes volta a prometer privatizações de ‘grandes empresas’ em até 60 dias

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a prometer, nesta quinta-feira (5), privatizações de três ou quatro grandes companhias nos próximos 30 a 60 dias.

A declaração de Guedes aconteceu durante uma live promovida pela Fundación Internacional para la Libertad, uma ONG espanhola. O ministro afirmou acreditar que o Congresso dará seu apoio às privatizações, complementando que o presidente Jair Bolsonaro concorda com as operações.

Trata-se da terceira vez que Guedes promete grandes privatizações em até três meses. No dia 5 de julho, em entrevista ao jornal “CNN Brasil”, o ministro afirmou que até os próximos “três meses” o governo fará quatro ou três “grandes privatizações”.

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O líder da pasta econômica, sem detalhar quais empresas estão no plano de desestatização, mencionou que 2020 seria um “excelente ano” para realizar uma oferta pública (IPO) das subsidiárias da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 20 bilhões a R$ 50 bilhões, “bem maior até” que uma Eletrobras (ELET5).

Além disso, Guedes acrescentou que “seguradamente” os Correios estão na lista de privatizações, no entanto, não disse quando aconteceria. Apesar da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a equipe da pasta econômica, de acordo com o ministro, não perdeu o rumo fiscal e classificou o Brasil na fase de descentralização de recursos.

Para Guedes, o Brasil ainda vai surpreender os investidores estrangeiros com projetos nas áreas de saneamento, cabotagem, elétrica, concessões e privatizações.

Em maio, após o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado, Salim Matar, comunicar que o governo havia abandonado a meta de privatizações, Guedes afirmou que as desestatizações das grandes companhias aconteceriam no segundo semestre.

“Fizemos um levantamento de 159 empresas e subsidiárias que podem ser privatizadas. Em vez de fazer de todas, vamos escolher três ou quatro grandes empresas para privatizar no segundo semestre”, essa declaração aconteceu exatamente no dia nove de maio.

É válido relembrar que durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Economia, Guedes, apontava para a meta de atingir R$ 1 trilhão somente por meio de privatizações.

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Poliana Santos

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