Guedes: governo trabalhará “da mesma forma” se houver 2ª onda de covid-19

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que se houver uma segunda onda do novo coronavírus (covid-19) no Brasil, o governo irá “trabalhar da mesma forma”. A declaração do líder da pasta econômica aconteceu nesta quinta-feira (29) durante a audiência pública na Comissão Mista do Congresso Nacional.

“A dívida bruta já caminha para 100% do Produto Interno Bruto (PIB), mas se houver uma segunda onda daremos respostas e encontraremos os recursos necessários. É como uma guerra, e se a guerra durar três anos vamos enfrentar, mas esse não é o plano A. O que vemos no momento é doença descendo e economia voltando”, disse Guedes.

Na análise do ministro, a solução para a covid-19 é a vacina. “Só com a vacina estaremos livres desse pesadelo, antes disso continuamos vulneráveis. Mas se houver segunda onda, com certeza a democracia brasileira dará resposta novamente”.

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Ao falar de vacina, Guedes disse esperar que São Paulo encomende, pague e vacine sua população.

“Nós já mandamos bastante dinheiro para São Paulo. Tomara que encomende, pague a vacina e vacine sua população. Pede dinheiro para fazer vacina, agora pede dinheiro para eu pagar, para mandar dinheiro para São Paulo de novo… Já mandamos dinheiro de saúde para São Paulo, ele [governador João Dória] já tomou as providências dele”,  afirmou o ministro.

Para enfrentar a crise causada pela pandemia, o governo adotou o Orçamento de Guerra, que retira uma série de regras para gastos públicos. Com isso, foi permitido o lançamento do auxílio emergencial, conhecido também como coronavoucher. Guedes disse que se o auxílio tivesse um valor menor, de R$ 200 a R$ 300, seria possível mantê-lo por mais dois ou três anos.

“O que controla o alcance do auxílio é o folego fiscal. Temos fôlego até o fim de 2020, a partir daí é um ponto de interrogação. Não podemos estender medidas como se não houvesse amanhã, não contem comigo. Contem comigo para uma resposta correta politicamente e responsável”.

O resultado dos gastos com medidas para enfrentar a crise deverá ser de um rombo de quase R$ 900 bilhões este ano. O estado de calamidade pública, que permitiu esses gasto, será encerrado em 31 de dezembro. Porém há uma discussão interna no Congresso para a possível prorrogação desse período.

“Se vier uma segunda onda vamos ter que reagir, vamos corrigir erros ou excesso que tenhamos cometido no primeiro enfrentamento. Não tenha dúvida, daremos uma resposta igualmente decisiva”, concluiu Guedes.

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Poliana Santos

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