O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu reduzir os impostos de importação para 20%. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (03) pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), José Luiz Gandini.
Conforme as informações publicadas pelo jornal Estado de S. Paulo, Paulo Guedes informou a Gandini que a redução só será possível após a aprovação das reformas. Atualmente, a taxa dos tributos de importação é de 35%.
Dessa forma, o executivo afirmou que a aprovação da Previdência e a reforma tributária são mais relevantes do que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.
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A associação engloba marcas como Volvo, Ferrari, Porsche, Kia e Jac, BMW, Land Rover, Cao Chery e Suzuki.
Instabilidade econômica no Brasil
O presidente da Abeifa também falou sobre a redução de 9,6% nas vendas de veículos importados no País no primeiro semestre de 2019. Segundo ele, a instabilidade econômica e oscilação do câmbio afetaram as vendas.
“Enquanto não aprovar a Previdência, vamos ficar nesse marasmo. Ninguém sabe o que vai acontecer, o mercado fica instável, o câmbio fica instável”, ressaltou.
Gandini afirmou que uma publicação de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro no Twitter é capaz de aumentar a cotação do dólar. Assim, tornando a situação do câmbio volátil.
“Hoje o câmbio está em R$ 3,83, mas estamos recebendo ainda os carros pagos na base de R$ 4,10. Não dá para repassar isso, o carro fica fora de mercado”, explicou o executivo.
Imposto único e simplificação tributária
No início do último mês, o ministro da Economia afirmou também que o governo busca uma simplificação tributária. Além disso, o chefe da equipe econômica também declarou que o Executivo planeja criar um imposto único.
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A declaração ocorreu durante a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, da qual fez parte. Segundo Guedes, a medida é uma das prioridades do presidente Jair Bolsonaro.
O imposto único ao qual o ministro se refere é o Imposto sobre Valor Agregado – IVA. Conforme dito por Paulo Guedes, o governo gostaria que cada Estado pudesse decidir se irá aderir ou não ao IVA.