O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ter recebido em reunião na manhã desta sexta (1º) “uma missão” do presidente Jair Bolsonaro e Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara dos Deputados. Guedes não deixou claro qual seria a missão, mas Lira declarou após o encontro que a pauta foi o preço dos combustíveis e a agenda econômica.
“Temos que aprovar coisas importantes que nos condicionam para estender o Bolsa Família. Esse final de ano é decisivo, porque precisamos botar de pé a reforma do Imposto de Renda e a PEC dos Precatórios. Com essas duas peças, poderemos aumentar Bolsa Família em 60% – mais que a alta de alimentos e combustíveis – de forma a proteger essa camada de brasileiros que foi também atingida pela pandemia”, afirmou, durante participação virtual em cerimônia de assinatura de acordos de cooperação e contratos de cessão imobiliária em Florianópolis (SC).
No rápido discurso, Guedes voltou a afirmar que a economia brasileira está “se levantando” ao passo em que avança a vacinação em massa.
Ele citou os resultados do mercado de trabalho com a criação de quase 2 milhões de empregos com carteira assinada em 2021. “O Brasil criou mais de 3 milhões de empregos formais desde o fundo do poço em 2020 e os últimos dados mostram a criação de outros 3 milhões de empregos informais no último trimestre”, completou.
O ministro voltou a citar os R$ 540 bilhões em projetos de concessões em infraestrutura para avaliar que o Brasil é atualmente a maior fronteira de investimentos do mundo. Guedes também prometeu que o governo irá derrubar a inflação no próximo ano.
“Brasil vai crescer de novo em 2022 e vamos prosseguir com as nossas reformas. Estamos otimistas, temos uma crise hídrica, mas o Brasil se mostrou resiliente na pandemia. Podemos ter ventos contrários, como a crise hídrica e a inflação, mas vamos lutar até o fim”, concluiu Guedes.
Guedes quer atacar tarifas de importação para combater inflação
O Ministro da Economia quer um choque de oferta para combater a inflação. Para isso, ele pretende “atacar tecnicamente” a inflação com a redução em 10% as tarifas de importação de modo linear e mais 10% em 2022.
Para que Paulo Guedes consiga aplicar essas medidas, o ministro deverá convencer a Argentina dos benefícios econômicos da abertura do mercado. Ou a outra opção menos conveniente e diplomática seria diminuir as tarifas e deixar a Argentina a denunciar o acordo no âmbito do Mercosul. Na segunda opção, o ministro acredita que terá apoio de dois países, o Uruguai e o Paraguai.
Segundo Guedes, já houve avanço suficiente para baixar 10% da tarifa este ano.
(Com informações da Agência Estado)