O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que a classe política faz muito ruído sem necessidade sobre a situação fiscal no Brasil. O ministro se defendeu das críticas nesta terça (7) ao dizer que o governo vem reduzindo o rombo das contas públicas.
Ao participar de fórum da consultoria Eurasia, Guedes reforçou que, contrariando previsões, o Brasil caiu menos e se recuperou mais rápido, sem perder empregos formais na crise.
O ministro da Economia disse que o governo tinha um compromisso duplo de colocar o dinheiro necessário no enfrentamento da pandemia e, ao mesmo tempo, respeitar as gerações futuras, de modo que, após a expansão fiscal na crise sanitária, “nenhum outro país”, como assinalou ele, promoveu política fiscal mais contracionista do que o Brasil.
Guedes projetou que, mesmo com o aumento das despesas com o Auxílio Brasil, o déficit primário deve cair para 0,5% do PIB no ano que vem. Ele lembrou que, no primeiro ano do governo, o rombo já tinha sido reduzido de perto de 2% para 1%, porém a pandemia exigiu que subisse para acima de 10% do PIB.
Após prever crescimento de 5% da economia neste ano, Guedes disse que o Auxílio Brasil eleva de 17% para 18,5% o gasto público como proporção do PIB previsto para o ano que vem. “Posso assegurar que os políticos estão fazendo muito barulho sobre a situação fiscal”, afirmou o ministro.
Guedes diz estar otimista com aprovação rápida da nova versão da PEC dos Precatórios
O ministro da Economia, Paulo Guedes, manifestou nesta terça-feira otimismo quanto a uma aprovação rápida da versão final da PEC dos Precatórios no Congresso. A proposta foi aprovada no Senado e voltou novamente para a Câmara dos Deputados com as mudanças no texto.
Durante participação em fórum da consultoria Eurasia, Guedes considerou que a Câmara aprovou a emenda constitucional muito rápido, enquanto no Senado a matéria passou com maior dificuldade. Porém, a tendência agora é de que haja convergência rápida entre as versões que saíram das duas casas legislativas.
“Estamos otimistas de que a versão final será aprovada relativamente rápido”, disse Guedes, que aproveitou o comentário para salientar o apoio que o governo vem recebendo do Legislativo na aprovação de matérias como o marco regulatório do gás e nova lei de falências. “Pela primeira vez temos apoio político de verdade no Congresso. Estamos realmente avançando nas duas Casas”, assinalou.
(Com informações da Agência Estado)