Paulo Guedes prevê privatização da Eletrobras até final de 2021
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou há pouco que o governo pretende realizar a privatização da Eletrobras (ELET6) até o final de 2021. A fala do ministro repercutiu sobre as ações preferenciais da empresa, que por volta de 11h55 subiam 3,35%, a R$ 35, enquanto o Ibovespa subia 1,17%.
Guedes disse ainda que os Correios, o Porto de Santos e o portfóilio da PPSA (Pré-Sal Petróleo) também devem ser privatizadas até o final do ano que vem, segundo a agência de notícias Reuters.
No evento “Boas práticas e desafios para a implementação da política de desestatização do governo federal”, organizado pela Corregedoria Geral da União (CGU), Guedes se disse frustrado por não ter conseguido ainda privatizar nenhuma empresa estatal, como prometido na campanha do presidente Jair Bolsonaro. Ele defendeu desinvestimentos para reduzir o endividamento público.
“Estou bastante frustrado com o fato de estarmos aqui há dois anos e não termos conseguido ainda vender nenhuma estatal. Por isso, um secretário nosso foi embora Salim Mattar, que deixou o ministério em agosto. Entrou outro Diogo Mac Cord que só tem que fazer um gol pra ganhar; o outro fez zero”, afirmou.
Guedes afirmou que “acordos políticos” no Congresso têm impedido as privatizações, e que o governo precisa recompor sua base parlamentar para superar este problema. “Precisamos recompor nosso eixo político para fazermos as privatizações prometidas na campanha”, completou.
Além de privatização da Eletrobras, Guedes comentou inflação
Sem conseguir levar desinvestimentos nem a venda de imóveis públicos para frente, Guedes ressaltou que o País carrega empresas e bens ineficientes, enquanto tem uma dívida que cresce como “bola de neve”. “Se tivéssemos matado a dívida, estaríamos com recursos alocados para fazer transferência de renda”, completou.
No evento, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, ressaltou que é preciso bons projetos e editais, elaborados com transparência e que garantam segurança jurídica. “Só conseguimos vender o que o mercado quer comprar. O mercado participará se perceber que há transparência na elaboração de projetos”, completou.
No final de outubro, Guedes já havia declarado a interlocutores que a privatização da Eletrobras já estava acertada no âmbito do Senado Federal.
(Com Estadão Conteúdo)