O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (16) que a Petrobras pode indexar o valor do frete ao do óleo diesel. Dessa forma, a elevação dos preços do diesel poderia ser minimizado.
“O presidente da Petrobras já estava estudando tudo isso há alguns meses e por conta da greve isso tudo começou a ser avaliado”, disse. A afirmação ocorreu após a reunião da equipe econômica com o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça (16). O objetivo do encontro foi discutir a política de preços da estatal.
De acordo com Guedes, os estudos foram “acelerados” após a possibilidade de uma possível greve crescer. Os caminhoneiros estão insatisfeitos com os valores do diesel.
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Além disso, o ministro afirmou que a indexação do valor do frete é feita pelos Estados Unidos. “Essa solução americana de indexar [o preço do frete ao do diesel] está sendo analisada também, tudo isso está sendo analisado”, declarou.
Essa possibilidade já foi levantada pelo ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, pela manhã. Ele disse que pode utilizar a indexação do frete ao valor do diesel ou lançar um cartão caminhoneiro com objetivo de diminuir o custo do combustível.
“Ou seja, dá previsibilidade, isso vai mitigar o impacto de ele iniciar o transporte e de repente ter aumento do diesel e ele ser surpreendido, ter parte da renda consumida. Ele vai poder comprar, ter um crédito naquele cartão para ele fazer o transporte naquele preço de largada, aquele preço de contratação”, afirmou.
Nova greve
Os caminhoneiros estariam preparando uma nova greve em maio. A categoria não teria ficado satisfeita com o pacote de medidas anunciado nesta terça-feira (16) pelo governo federal.
Os grupos de WhatsApp mais utilizados pelos caminhoneiros consideram o plano como o plano uma “cortina de fumaça”. Para os transportadores o governo estaria tentando ganhar tempo para evitar uma possível greve.
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Os caminhoneiros pedem que o governo mude o mecanismo de aumento do preço dos combustíveis. A categoria quer que o reajuste seja feito apenas uma vez por mês, e não diariamente. Segundo o presidente da BrasCoop, o Palácio do Planalto tem consciência da possibilidade de uma nova greve dos caminhoneiros.
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