Guedes interrompe férias para participar de reunião no Planalto
O Ministério da Economia confirmou na manhã desta quarta-feira, 6, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está no Palácio do Planalto e participa de reunião ministerial convocada pelo presidente da República. Mais cedo, fontes informaram ao Estadão/Broadcast que o ministro havia interrompido informalmente período de férias, que terminam no dia 11, para participar de reunião no Palácio.
O encontro de Guedes com ministros não constava das agendas oficiais nesta manhã e foi confirmado no início da manhã pela Secretaria de Comunicação do Planalto (Secom). O encontro ocorre logo depois da declaração de ontem do presidente Jair Bolsonaro de que o “Brasil está quebrado” e que ele não poder fazer nada – o que irritou parte do mercado.
Durante as férias de Guedes, a Economia também precisou explicar o calote dado pelo Brasil ao banco dos Brics nesta semana.
Reunião de Guedes ocorre após declaração de Jair Bolsonaro
Em seu primeiro dia de trabalho em 2021, o presidente Jair Bolsonaro contradisse o mantra do ministro Paulo Guedes, ao afirmar que o Brasil está “quebrado”. Para um grupo de simpatizantes, ele declarou nesta terça-feira, 5, que, por causa da situação da economia, não “consegue fazer nada” e citou como exemplo as mudanças prometidas ainda durante a campanha eleitoral na tabela do Imposto de Renda.
“O Brasil está quebrado, chefe. Eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, tá, teve esse vírus, potencializado pela mídia que nós temos, essa mídia sem caráter”, afirmou Bolsonaro a um apoiador na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.
A fala do presidente vai de encontro às declarações recentes de Guedes, de que a atividade econômica do País está numa trajetória de recuperação em “V”, ou seja, com a retomada na mesma velocidade da queda causada pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Oficialmente, a equipe econômica espera que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 3,2% este ano, depois de um tombo previsto de 4,5% em 2020.
Tanto Guedes quanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendem a vacinação em massa da população como essencial para que a economia, de fato, se recupere em 2021.
(Com Estadão Conteúdo)