O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (18) que não prometerá mais nada sobre privatizações. O economista criticado por não cumprir prazo de promessas que fez sobre temas como privatizações e votações no Congresso Nacional, disse que “acabou. Não prometo mais nada. Agora, só digo ‘Espero que Congresso aprove. Felicito o Senado pela aprovação’. Aprendi”.
Além disso, Guedes disse que há uma “campanha negacionista” e não científica, que afirma que o ministro não está fazendo as entregas esperadas na área econômica.
“Toda vez que fiz promessa, foi depois de conversas políticas. Sou acusado toda hora de não entregar, estamos entregando alucinadamente. Existe uma campanha negacionista, não científica, de acusações contra a equipe” afirmou.
Contudo, o economista reconheceu que não realizou tudo o que gostaria, mas apesar disso, ele afirmou que há um reconhecimento do mercado em relação ao seu trabalho.
“A Bolsa está no máximo, o dólar caiu, mas negacionismo diz que situação fiscal está cada vez mais complicada. Claro que queremos fazer reforma fiscal, a prioridade é o pacto federativo”, apontou.
Guedes comenta sobre privatização prioritárias
O ministro ainda sinalizou a Eletrobras (ELET6), os Correios, PPSA e o Porto de Santos como privatizações prioritárias para o ano que vem. Segundo ele, “a PPSA é uma holding que segura contratos de petróleo, que são convite à corrupção. Se a Eletrobras virar corporação, companhia de controle difuso, não vai faltar dinheiro pra ela”.
Em relação aos Correios, Guedes defende a necessidade de “salvar a empresa” antes que perca funcionalidade. O ministro salientou que “ninguém escreve carta mais”. “Quebraram não só empresa (Correios) mas também o fundo de pensão (Postalis). Se fizermos boa privatização, terá recursos inclusive para boas aposentadorias do Postalis”.
“No início, não tinha consenso sobre a privatização dos Correios. Houve longa discussão interna até chegarmos a decisão, a essa possibilidade de privatizar”, completou Guedes.
Com informações do Estadão Conteúdo.