Guedes: Governo vai liberar mais de R$ 100 bi em compulsório
O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta quinta-feira (27) que o governo liberará R$ 100 bilhões em crédito compulsório. Por meio da liberação, o ministro afirmou que pretende estimular o crédito privado.
“Nosso primeiro desafio é a reforma da Previdência, mas faremos também a reforma tributária e o Pacto Federativo. Estamos desestatizando o mercado de crédito e ontem (quarta) o Banco Central já liberou compulsórios para aumentar o crédito privado. Vão vir mais de R$ 100 bilhões de liberação de compulsório no futuro”, afirmou o ministro.
Conforme Guedes, o governo está “despedalando” os bancos públicos ao devolver esses recursos ao Tesouro Nacional. O ministro também falou sobre a reforma tributária e o plano para reduzir o preço do gás. Segundo ele, é necessário quebrar o monopólio da Petrobras para reduzir o valor do produto em até 50%.
“Estamos dando um choque de energia barata, quebrando um duplo monopólio, tanto na extração e refino do gás, quanto na distribuição do gás. Nós vamos reindustrializar o País em cima de energia barata”, explicou o economista.
A liberação dos recursos ocorreu um dia após o Banco Central ter cortado a alíquota do depósito compulsório.
BC reduz compulsório
O Banco Central (BC) cortou a alíquota do depósito compulsório das instituições financeiras sobre recursos a prazo. De 33%, o novo percentual passa para 31%. A novidade entra em vigor em 1º de julho.
Saiba mais: Banco Central reduz depósito compulsório dos bancos de 33% para 31%
Com a mudança no compulsório, o Banco Central espera que R$ 16,1 bilhões sejam injetados na economia. Ainda conforme o BC, os efeitos da injeção devem começar a partir de 15 de julho.
De acordo com o economista da Suno Research, Tiago Reis, “o depósito compulsório é uma medida que obriga os bancos e instituições financeiras a depositarem parte dos recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, em uma conta do Banco Central”.