O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a enfatizar a necessidade de acelerar a agenda de privatizações. Além disso, reiterou que a recessão brasileira causada pela pandemia deve ser menor que a prevista nos primeiros meses da crise, quando analistas esperavam uma queda de até 10% no Produto Interno Bruto (PIB).
“O PIB deve cair 4% ou 4% e pouco neste ano. Temos ainda dois meses para confirmarmos esse desempenho”, afirmou, em participação em evento do Milken Institute.
Ele disse ainda que o governo vai fazer um “road show” com o programa de investimentos e privatizações. “No primeiro ano em meio de governo fizemos nosso dever de casa e agora vamos fazer um road show de investimentos”, completou.
O ministro assegurou que as reformas estruturais voltaram a andar e destacou que o Congresso está funcionando normalmente.
“A independência do BC é um sonho que tenho há 40 anos, estamos perto, faltam semanas para a votação. Estamos trabalhando juntos para modernizar importantes marcos regulatórios e para votar reformas estruturais”, acrescentou.
Sobre o dólar, o ministro afirmou que considera natural uma taxa de câmbio mais alta no cenário de juros baixos. “Estamos há um ano e meio sem corrupção no governo, e isso nunca aconteceu antes. É normal que a taxa de juros caia e a taxa de câmbio aumente, mas os investidores estrangeiros podem ficar tranquilos que teremos bons mecanismos de hedge”, afirmou no evento
Ele voltou a dizer que a proposta de reforma tributária do governo não tem a intenção de aumentar a carga de tributos da economia brasileira. “Não vamos aumentar impostos no Brasil, vamos reduzir tributos das empresas e pretendemos diminuir os tributos sobre o emprego”, completou Guedes.
(Com Estadão Conteúdo)