Em nota Guedes diz ter total compromisso com retomada de crescimento

O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou em nota que mantém compromisso com a retomada do crescimento econômico do Brasil. O ministro salientou que “rechaça qualquer hipótese de que possa se afastar desse propósito”.

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“O Ministério da Economia reafirma o total compromisso do ministro Paulo Guedes com a retomada do crescimento econômico do país e rechaça qualquer hipótese de que possa se afastar desse propósito”, informou o comunicado.

Paulo Guedes afirma que renuncia se Previdência virar “reforminha”, diz revista

A nota foi divulgada nesta sexta-feira (24) após a repercussão da entrevista de Guedes à revista Veja. Na entrevista, o ministro da Economia afirmou que sairia do cargo caso o Congresso aprovasse uma “reforminha” da Previdência.

“Se só eu quero a reforma, vou embora para casa”, disse o ministro na entrevista, deixando claro que não permanecerá na pasta da Economia se a reforma não for aprovada.

Entretanto, o ministro garantiu que não deixaria o cargo no dia seguinte a eventual aprovação de uma reforma da Previdência fraca. Isso porque ele se disse responsável e não inconsequente.

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Guedes também alertou que o Brasil pode quebrar em 2020 caso a proposta do governo, com a economia estimada, não seja aprovada. “Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios”, disse ainda.

Excelente diálogo com o Congresso

A nota informou que o Ministério da Economia “mantém um excelente diálogo” com o Congresso. “O Ministério da Economia reitera ainda sua absoluta confiança no trabalho do Congresso Nacional, instituição com a qual mantém excelente diálogo, para garantir a aprovação da Nova Previdência com economia superior a R$ 1 trilhão”, indica o documento.

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Guedes foi criticado durante suas audiências nas comissões da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Em todas as ocasiões o ministro acabou polemizando com parlamentares.

Declarações de Bolsonaro também provocaram incerteza

Além da fala do ministro, declarações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro também geraram incerteza no mercado. O presidente da República declarou, durante uma visita a Pernambuco, que “ninguém é obrigado a ser ministro”.

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“É um direito dele, ninguém é obrigado a continuar como ministro meu. Logicamente ele está vendo uma catástrofe, é verdade, eu concordo com ele, se nós não aprovarmos algo realmente muito próximo ao que enviamos no Parlamento. O que Paulo Guedes vê, e ele não é nenhum vidente, nem precisa ser, para entender que o Brasil vai viver um caos econômico sem essa reforma”, afirmou Bolsonaro, em Recife.

Saiba Mais: Previdência: Guedes se diz otimista com “potência fiscal” de reforma

Essa não é a primeira vez que o ministro anuncia sua intenção de deixar o cargo caso a reforma da Previdência não seja aprovada. Guedes já tinha salientado, logo depois de assumir o cargo, que é muito fácil fazer alguém desanimar em Brasília. Em março, durante uma audiência no Senado, o ministro declarou novamente que, caso ninguém quisesse as reformas, poderia ir embora porque “tem uma vida fora daqui”.

Carlo Cauti

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