O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na última terça-feira (20), que 17 estatais serão privatizadas ainda esse ano. A declaração foi feita em um evento com empresários e executivos em São Paulo. Segundo a declaração, as empresas serão divulgadas nesta quarta-feira (21).
“Nós vamos acelerar as privatizações. Amanhã saem as 17 empresas, e ano que vem tem mais. E nós achamos que vamos surpreender. Tem gente grande aí que acha que não vai ser privatizado, mas vai entrar na faca”, afirmou Guedes. O ministro revelou que foi dada a meta de arrecadação de mais U$ 20 bilhões em privatizações somente este ano a Salim Mattar, secretário de Desestatização.
Guedes cita a privatização dos Correios
O ministro elencou a fusão da Embraer com a Boeing como um exemplo bem sucedido. “Seria extraordinário se a gente conseguisse fazer a fusão de uma, duas ou três grandes empresas brasileiras”, disse o economista.
Em evento no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (15), ao lado do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, Guedes citou a intenção em privatizar os Correios e a Eletrobras, mas disse que não duvidava de que o governo pudesse incluir “coisas maiores”.
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O ministro disse que o governo atingiu neste mês de agosto a meta de arrecadação de recursos com privatizações para 2019, equivalente a R$ 80 bilhões.
Nova CPMF
No mesmo evento, ontem (20), Paulo Guedes ainda defendeu a criação de uma nova CPMF, ponto de discussão na reforma tributária.
“É o (ponto) controverso (da reforma tributária). Vamos deixar esse dilema. Querem 20% de encargos trabalhistas e 13 milhões de pessoas sem emprego? Deixa do jeito que está. Eu preferiria não ter de recorrer a isso, mas acho a oneração de folha de pagamento um crime contra brasileiros”, disse.
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Em seu discurso, se o imposto for “pequenininho, não machuca”. O imposto sobre transações “baixinho e que funciona” é uma maneira de arrecadar recursos de forma mais rápida.
“Entre um imposto horroroso, muito feio, e a opção por desoneração da folha, prefiro abraçar o feioso a ficar com a oneração da folha do jeito que é hoje”, afirmou Guedes, dizendo que esta é uma escolha da sociedade.