Guedes: descobrimos que há acordos políticos que impedem privatizações

O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que um acordo político vem impedindo, em Brasília, o andamento da agenda de privatizações do governo. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (18), enquanto o economista participava de uma premiação realizada pela revista “Exame”.

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Nesse sentido, o ministro destacou que só prometeu anunciar quatro grandes privatizações em 90 dias, o que não aconteceu, porque havia um acordo entre as principais lideranças políticas para acelerar a pauta. No entanto, o Guedes afirmou que, na “última hora”, descobriu que existem acordos políticos contra a agenda.

“Somos um governo de centro-direita, ganhamos as eleições dizendo que vamos transformar o Estado brasileiro, que vamos privatizar. Como é que pode ter um acordo político que impede as privatizações?”, apontou o ministro.

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Apesar de não citar nomes desta vez, Guedes sinalizou acordos políticos de “centro-esquerda” contra o tema, e salientou que falta ao Brasil fazer uma “opção decisiva” pelas privatizações.

Vale lembrar que há pouco mais de um mês, o economista acusou o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) a agir contra as privatizações.

Além disso, no evento, o comandante da equipe econômica citou a Eletrobras, Correios, PPSA e porto de Santos entre as companhias públicas a serem transferidas para o setor privado.

Privatizações costumam andar mais rápido no 3° ano de mandato

Sobre o andamento da agenda em 2021, lembrou que as privatizações costumam a andar mais rápido no terceiro ano de mandato, tendo como referência o governo FHC, que ficou marcado pelas desestatizações, apesar de não ter vendido nenhuma empresa no primeiro ano de mandato.

Saiba mais: Guedes destaca necessidade de acelerar agenda de privatizações

“Temos quase R$ 1 trilhão em estatais e quase R$ 1 trilhão em imóveis (…) Temos que desentupir esse canal (de privatizações)”, afirmou o ministro.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Laura Moutinho

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