Guedes: acordo entre Mercosul e UE deve ser fechado em até 4 semanas
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que um acordo entre o Mercosul e a União Europeia deve ser fechado “nas próximas três, quatro semanas”. A afirmação foi feita à “TV Globo” durante visita de uma comitiva brasileira ao país vizinho.
“Juntos, nós e a Argentina, pretendemos fechar também em três, quatro semanas, um acordo com a União Europeia”, disse Guedes na sede do governo da Argentina. Para o ministro, o Mercosul ficou “estagnado por causa de uma ideologia obsoleta”. Desse modo, Guedes afirma que anos foram perdidos sem negociações entre os dois blocos.
“O Brasil está abrindo sua economia gradualmente, aumentando, primeiro, a integração com os parceiros regionais, depois partindo rumo à OCDE, acordos com a União Europeia”, disse à emissora.
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Visita à Argentina
O presidente Jair Bolsonaro está com uma comitiva na Argentina nesta quinta-feira (6) para encontro com Mauricio Macri. A viagem a Buenos Aires é a terceira internacional desde o começo do mandato. Isso porque o líder do Executivo já foi duas vezes aos Estados Unidos e uma ao Chile.
O encontro de Bolsonaro com Macri, contudo, carrega o peso da parceria comercial entre os dois países latinos, uma vez que a Argentina é o terceiro maior parceiro de comércio do Brasil. A frente estão apenas a China e os Estados Unidos.
O comércio entre Brasil e Argentina alcançou os US$ 26 bilhões no último ano. Apesar dos altos valores, o número é 3,9% do que o registrado no ano anterior. Além disso, as exportações do Brasil para a Argentina caíram 41% entre do começo do ano até o mês de maio.
As exportações do País para os vizinhos chegam a alcançar os R$ 15 bilhões. Dessa forma, os principais produtos vendidos são os manufaturados, a exemplo, os automóveis. O superávit comercial com do Brasil com o país é de R$ 4 bilhões no último ano.
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A redução no comércio bilateral se dá, principalmente, por conta da crise econômica que o vizinho latino passa. No ano passado, o governo de Mauricio Macri solicitou ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI). Com o órgão, a Argentina obteve linha de crédito de US% 56 bilhões.
O Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, projeta uma recessão de 2,2% para o país em 2019. Já o Banco Mundial estima que o PIB do país caia 1,2% neste ano.