O ministro da Fazenda declarou nesta terça-feira que a retomada do investimento no Brasil não virá do governo.
Falando para executivos do setor financeiro, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, falou sobre os investimentos no País. O ministro também rebateu aqueles que criticam a imposição do teto dos gastos públicos.
“Não tenhamos ilusões. Fomos criticados em referência ao teto porque houve redução do investimento público. A retomada do investimento na economia brasileira não virá do setor público”, disse Guardia.
O ministro acrescentou que é preciso um arcabouço regulatório que atraia investidores privados.
Guardia disse ainda que, sem a aprovação de uma reforma da Previdência, o teto de gastos não se sustenta.
“Sem a reforma da Previdência não é crível a sustentação do teto do gastos e, sem o teto, não tenho ilusão de que, dada a situação fiscal, a alternativa não será inevitavelmente o aumento de impostos”, afirmou o ministro.
Guardia explicou que o ajuste fiscal não deve vir pelo aumento da carga tributária. Todavia, ele afirmou também não ser possível no momento uma reforma que reduza impostos.
“Precisamos de uma reforma tributária que avance na simplificação e melhora da qualidade dos tributos, aperfeiçoando o PIS, revendo o imposto da pessoa jurídica”, disse o ministro.
“A boa notícia é que o governo está comprometido com as reformas e o teto”, afirmou Guardia. O ministro reforçou que as ações demandarão clareza de direção e agilidade.
“As reformas são difíceis, exigem diálogo e podem levar a desgaste do governo. Por isso, é importante começar com o cerne, que é a reforma fiscal”, disse Guardia.
Guardia falou de investimentos em um almoço organizado pela Federação dos Bancos (Febraban). O ministro da Fazenda está de saída do cargo, que será assumido por Paulo Guedes, que o substituirá como superministro da Economia,