Guararapes (GUAR3) reverte lucro anual e tem prejuízo de R$ 17,6 mi no segundo trimestre
A Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, informou nesta quarta-feira (9), um prejuízo líquido de R$ 17,6 milhões no segundo trimestre de 2023, revertendo lucro de R$ 26,3 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.
Segundo a Guararapes, a queda no lucro se deu principalmente em função da redução do Ebitda, maiores despesas financeiras em função do aumento real da taxa de juros, além de maiores despesas com imposto de renda e contribuição social.
“Além disso, houve o aumento na alíquota de imposto da Midway Mall decorrente da mudança de tributação de lucro presumido para lucro real”, disse a Guararapes.
No mesmo intervalo, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, Ebitda da Guararapes somou R$ 238,8 milhões, queda anual de 8,8%, “impactado pelo desempenho de mercadorias, parcialmente compensado pelo crescimento da Midway Financeira e do Midway Shopping”, disse a Guararapes.
Já a receita líquida da Guararapes foi de R$ 2,1 bilhões, queda de 0,7% na comparação com o mesmo trimestre de 2022, principalmente em função da menor venda no segmento de mercadorias, enquanto houve um crescimento nos demais segmentos Midway Financeira e Midway Mall.
As despesas operacionais da Guararapes caíram 9,7% na mesma base, para R$ 752,9 milhões, “reflexo da continuidade na disciplina em gastos e captura de iniciativas focadas em eficiência”, disse a companhia.
Midway financeira
O segmento Midway Financeira apresentou um Ebitda de R$ 21,2 milhões, avanço de 1,7% frente ao acumulado de abril a junho do ano anterior. No mesmo período, a receita líquida do segmento cresceu 3,2% na base anual, alcançando R$ 553,3 milhões.
O prejuízo da divisão no período, entretanto, aumentou 40% na comparação com 2022, para R$ 9,92 milhões, em linha com o aumento das provisões para devedores duvidosos, que aumentaram 13,8% no ano, “refletindo as concessões realizadas em 2022, que apresentaram um pior desempenho quando comparado ao observado nas safras mais recentes”, informou a Guararapes.
O resultado financeiro líquido da Guararapes totalizou uma despesa de R$ 115,9 milhões no segundo trimestre, alta de 2,7% comparado ao mesmo intervalo de 2022.
A dívida líquida da Guararapes alcançou R$ 1,7 bilhão ao final de junho de 2023, com uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,8 vez e dívida líquida/Ebitda pré-IFRS de 2,5 vezes.
Em relatório, o Itaú BBA reforçou que a Guararapes apresentou um conjunto de resultados “fracos” nas divisões de varejo e fintech, sendo que esta “continua a sentir os efeitos das adversidades macroeconômicas, mostrando uma rentabilidade fraca por mais um trimestre”.
Por outro lado, os níveis de estoque da Guararapes parecem saudáveis (estáveis no trimestre) e as vendas no varejo de junho têm apresentado crescimento anual e sequencial. “Se essa tendência for mantida, as perspectivas para o braço de varejo no segundo semestre de 2023 provavelmente melhorarão”, acrescentou o Itaú.