Nesta terça-feira (30), o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almargo, se manifestou a favor do autodeclarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
Almargo é condizente com o movimento das Forças Armadas da Venezuela na tentativa de derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Este apoio afirma o desejo de que Guaidó assuma a presidência por completa do país.
Em suas redes sociais, o secretário afirmou o seguinte, “saudamos a adesão de militares à Constituição e ao presidente Juan Guaidó. É necessário o mais pleno respaldo ao processo de transição democrática de forma pacífica.”
Juan Guaidó afirma ter apoio de militares para depor Maduro
O autoproclamado presidente da Venezuela anunciou que tem o apoio dos militares contra Maduro. Guaidó afirmou pelo Twitter que se encontrou com unidades das Forças Armadas do país e que deu início à fase final da “Operação Liberdade”.
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Em sua rede social, Guaidó publicou: “Povo da Venezuela iniciou o fim da usurpação. E neste momento me encontro com as principais unidades militares de nossas Forças Armadas dando inicio a uma fase final da Operação Liberdade.”
Entretanto, de acordo com o ministro da defesa, Vladimir Padrinos, as forças militares seguem fiéis ao governo de Maduro.
Bolsonaro convoca reunião para discutir crise na Venezuela
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que se reunirá com o vice-presidente Hamilton Mourão, e ministros para discutir sobre a situação da Venezuela. A reunião acontecerá nesta terça-feira às 12h30.
Esta é uma reunião de emergência, pois não estava programada na agenda do presidente. Entretanto após o anúncio de Guaidó em depor Maduro do poder, Bolsonaro decidiu se encontrar com seus ministros e vice.
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O encontro acontecerá no Palácio do Planalto e contará com a presença do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Venezuela
Em meio a disputa pelo poder, o país entrou em uma profunda crise econômica. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que a inflação na Venezuela chegue a 10000000% em 2019.
Os reflexos nos preços dos produtos e serviços têm como consequência um cenário de miséria e fome no país. Dessa forma, mais de 3 milhões de pessoas deixaram a Venezuela nos últimos anos.
A comunidade internacional ofereceu ajuda humanitária com cargas de alimentos e remédios a Juan Guaidó. Entretanto, Maduro proibiu a entrada dos produtos fechando as fronteiras com o Exército.
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