O grupo Votorantim anunciou na manhã desta terça (2) que teve um lucro líquido de R$ 1,953 bilhão em 2018. O resultado é 141% mais alto do que o registrado em 2017. É o melhor desempenho desde 2007.
Pelo menos quatro motivos alavancaram os ganhos do grupo controlado pela família Ermírio de Moraes.
- Câmbio
- Bom desempenho dos negócios de cimento no Brasil
- Maiores volumes de venda de zinco
- Maior preço do alumínio pela controladora CBA
- Contribuição de resultado de outras empresas reconhecidas por equivalência patrimonial, como Fibria e Banco Votorantim
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A Fibria, por sua vez, foi vendida ao grupo Suzano e contribuiu com R$ 1 bilhão aos ganhos. Já o Banco Votorantim teve participação de R$ 530 milhões.
“Esperávamos que 2018 seria um ano volátil, o que de fato se comprovou. Por conta disso, iniciamos o ano com muita prudência na execução de diversas frentes de transformação de nosso portfólio“, afirmou o presidente-executivo da Votorantim, João Miranda, em nota.
O grupo esteve envolvido com importantes operações recentemente. Além da venda da Fibria para a Suzano, a empresa combinou a área de aços longos com a ArcelorMittal em suas operações no Brasil e fechou parceria com o fundo canadense CPPIB para controle da Cesp.
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O faturamento líquido do grupo, envolvendo as controladas Vororantim Cimentos, CBA, Nexa Resources, Ações Longos e Vororantim Energia, atingiu R$ 31,9 bilhões no ano. A receita é 19% maior do que o aferido em 2017. O aumento nos preços dos metais e nas vendas de alumínio, zinco e cimento contribuíram para o resultado. A desvalorização do real também ajudou nas operações no exterior.
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O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 6,9 bilhões, alta de 47% em relação a 2017. Também foi aprovado pelo conselho de administração do Grupo Votorantim o pagamento de R$ 1,4 bilhão em dividendos à Hejoassu, holding da família Hermírio de Moraes – o dobro do valor pago em 2017.