Grupo Votorantim corta investimentos para R$ 3 bi em 2020
O Grupo Votorantim realizou um corte de 25% nos investimentos referentes a 2020. A instituição decidiu diminuir o montante de R$ 4 bilhões para R$ 3 bilhões. A ideia do grupo com a medida é preservar caixa para continuar enfrentando a crise em decorrência da pandemia de coronavírus. As informações são do jornal “Valor Econômico” e foram publicadas nesta segunda-feira (17).
Desde março deste ano, o Grupo Votorantim tem tomado algumas medidas para preservar o caixa, visando mitigar o impacto da pandemia em seus negócios no Brasil e no exterior. Vale destacar que no ano passado, o grupo que atua em diversos segmentos, como: cimento, aço, metais, banco (instituição financeira), geração e comercialização de energia investiu R$ 3,2 bilhões.
No segundo trimestre deste ano, a queda nos investimentos feito pelas empresas do grupo foi de 3%. Assim, o valor saiu de R$ 719 milhões para R$ 694 milhões. No acumulado do primeiro semestre, o valor investido foi de R$ 3,17 bilhões.
Desconsiderando os investimentos correntes nas operações, que somam 53% do total, os recursos foram aplicados majoritariamente em dois negócios. São eles: mineração de zinco e fabricação de cimento. No segmento de cimento, a expansão da fábrica de moagem situada em Pecém, no Ceará, é o destaque. A unidade adicionará 800 mil toneladas à atual capacidade da instalação até o final de 2020. Por outro lado, a nova mina polimetálica subterrânea de zinco da Nexa, em Aripuanã (MT), recebeu 94% do montante utilizado para expansão no trimestre encerrado em junho.
“Apesar dos riscos e incertezas continuarem, temos convicção de que os desafios trazidos por esta pandemia estão sendo enfrentados adequadamente pela Votorantim e suas empresas em suas operações e também através de nossas iniciativas de combate à crise de saúde nos municípios onde atuamos”, afirmou o presidente do Grupo Votorantim, João Schmidt.
Prejuízo da Votorantim no 2T20
O Grupo Votorantim divulgou na última sexta-feira (14) o seu resultado trimestral referente ao período de abril a junho deste ano. A companhia teve prejuízo de R$ 645 milhões no trimestre e reverteu o resultado positivo registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 225 milhões.
