Autoridades europeias e latino-americanas se reunirão nesta quinta-feira em Montevidéu, no Uruguai. O encontro será pautado pelo debate por um plano para solucionar a crise humanitária na qual se aprofunda a Venezuela. Contudo, uma intervenção direta não deve estar no debate.
O grupo apoiado pela União Europeia (UE), conhecido como Grupo de Contato Internacional para a Venezuela (ICG), fará a sua primeira reunião, segundo a agência “Reuters”.
Optando por uma abordagem mais sutil, devem desalinhar-se de uma abordagem mais intensa, como já sugerida pelos Estados Unidos da América (EUA).
O encontro na capital uruguaia ocorre na mesma semana do encontro do Grupo de Lima, em Ottawa. O grupo, mais incisivo que o ICG, pediu uma ação internacional contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para forçar a renúncia.
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Crise presidencial na Venezuela
A crítica situação na Venezuela sob o governo de Maduro tem pressionado nações de todo o mundo a se posicionarem. Principalmente após a autodeclaração de Juan Guaidó, como presidente interino da nação venezuelana.
Juan Guaidó é Deputado pelo Partido Vontade Popular, e líder da Assembleia Nacional da Venezuela.
Na segunda-feira (4), diversas nações europeias, como Portugal e Espanha, reconheceram Guaidó como presidente interino da nação venezuelana. O reconhecimento ocorreu após o vencimento da data, estabelecida à Maduro pelos países, para convocar novas eleições presidenciais.
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Entretanto, há países que continuam relutando para se envolver diretamente. Inclusive participantes do encontro do ICG em Montevidéu.
Na última terça-feira (5), México, Uruguai e países caribenhos apresentaram um plano para a Venezuela intitulado “Mecanismo de Montevidéu”.
“Isto se baseia na boa fé, segundo a qual não intervimos a não ser com diálogo, negociação, comunicação e disposição para contribuir”, afirmou o ministro das Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, aos repórteres em Montevidéu.
Com a eleição do presidente de esquerda Andrés Manuel López, o México tem os laços com Caracas aprimorados. No passado, o México já fez críticas explícitas de Maduro.
Nicolás Maduro, que permanece na presidência da Venezuela, acusa Guaidó de fomentar um golpe contra ele com auxílio dos EUA. Apoiando o líder bolivariano estão a China, Rússia, Bolívia, Cuba, Irã, Nicarágua, Turquia e o já mencionado México.
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