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Grupo Pereira, dono do Fort Atacadista, está de olho em IPO e sucessão

Grupo Pereira é dono do Fort Atacadista. Foto: Divulgação.

Grupo Pereira é dono do Fort Atacadista. Foto: Divulgação.

O Grupo Pereira, sétimo maior varejista alimentar do país, está organizando a casa para deixar caminho livre para uma abertura de capital, um processo de sucessão ou ambas as coisas em um futuro próximo. As informações são do Valor Econômico.

Fundado em 1962, em Santa Catarina, o Grupo Pereira se beneficiou da aceleração das vendas no atacarejo após as últimas crises para turbinar o momento de amadurecimento operacional da companhia.

O modelo de governança corporativa do grupo mudou consideravelmente durante os últimos dois anos, com um acordo entre acionistas e membros da família resultando na criação de um conselho consultivo de sete membros, incluindo dois independentes.

Hoje o grupo é presidido por João Alberto Pereira, e a projeção é fechar o ano com cerca de 100 pontos, entre supermercados, atacarejos e farmácias, além de R$ 11 bilhões em vendas.

Lucas Pereira Guanabara Santiago, diretor do grupo e sobrinho de João Alberto, é apontado pelo mercado como um nome que poderia liderar a empresa em uma eventual transição de comando.

O negócio está, há ao menos dois anos, no radar de instituições focadas em mercado de capitais e reorganização sucessória – especialmente depois que bancos passaram a olhar com mais atenção para ativos no atacarejo, setor que cresce de 20% a 30% ao ano.

Dono do Fort Atacadista, Comper , Bate Forte, e Sempre Fort, o Grupo Pereira tem cerca de metade do tamanho do Grupo Mateus e é maior que o Zaffari.

O grupo projeta investir R$ 660 milhões em 2023, além dos R$ 600 milhões de 2022 e R$ 40 milhões em 2021.

Lucas, diretor do grupo, afirmou ao Valor que a abertura de capital do Grupo Mateus (GMAT3) serviu de exemplo para a análise do melhor momento para movimento similar ao Pereira.

“Não avaliamos [a ideia de uma oferta] como o Mateus na época porque combinamos de ter uma governança suficiente para, se quisermos abrir capital, ter essa carta na manga, de uma governança mais estruturada”.

“Foi até bom, eu agradeci o Ilson [Ilson Mateus, fundador do Mateus], porque quando ele fez a oferta foi também uma prova de que dá certo, e eu pude mostrar isso para eles [os acionistas]. Coisas que discutíamos há tempos me deixaram fazer, o que faltava em governança, nós terminamos. Estamos hoje melhor preparados caso a oportunidade surja”, diz o diretor do Grupo Pereira.

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