A Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), companhia que pertence ao Grupo Odebrecht, protocolou um pedido de recuperação extrajudicial na Justiça de São Paulo, nesta quinta-feira (20). O documento deve formalizar o acordo que a construtora conseguiu exercer com seus credores.
A empresa deverá concluir, dessa forma, a reestruturação de sua dívida de US$ 3,3 bilhões, que está ligada aos bônus emitidos no mercado internacional pelo Grupo Odebrecht e que tinham garantia da construtora. O valor será cortado em 55%, e a empresa terá direito a um período de 4,5 anos sem pagamento do principal da dívida.
A companhia que pertence ao Grupo Odebrecht firmou um acordo preliminar para rolar a dívida no ano passado. Mesmo assim, ela precisava contar com esta aceitação, obtida atualmente, de pelo menos 60% dos credores. O acordo, no final das contas, foi aprovado por 73% dos detentores dos bônus.
A partir deste momento, a OEC espera que o processo leve um tempo de até quatro meses para ser finalizado. O período ficará dividido em dois meses para a homologação da Justiça e mais dois para a instrumentalização do acordo.
Odebrecht contrata Morgan Stanley para venda da Braskem
A Odebrecht contratou a instituição financeira Morgan Stanley para coordenar a retomada do processo de venda da Braskem (BRKM5). A empresa, que teve seu processo de recuperação judicial homologado há aproximadamente 10 dias, comunicou sobre a medida na noite do dia 7 de agosto.
A segunda empresa que mais detém participação na Braskem, depois da Odebrecht, a Petrobras (PETR3;PETR4), também tem como intuito vender suas ações na companhia. Este movimento, entretanto, deverá ocorrer no Novo Mercado da B3. Com a venda das ações por parte das duas maiores acionistas da petroquímica, ela poderá se transformar em uma empresa “pura”.