O Grupo Mateus, rede de supermercados do Nordeste, definiu a faixa indicativa de preços entre R$ 8,97 e R$ 11,66 na sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A operação pode movimentar até R$ 6,2 bilhões e se tornar o maior IPO do Brasil em sete anos.
Na oferta primária a varejista irá vender 339.147.287 e na secundária, quando os acionistas atuais vendem parte de suas fatias, totalizará 58.139.535 ações. Se a oferta sair no preço médio de R$ 10,32, o IPO movimentará R$ 4,1 bilhões. O preço final será definido em 8 de outubro. O Grupo Mateus será negociado no Novo Mercado da Bolsa de Valores (B3) sob o ticker GMAT3.
Há a possibilidade de um lote adicional de até 20%, ou 79.457.364 ações, e suplementar de até 15% (59.593.023) papéis. Desse modo, considerando o meio da faixa indicativa, a oferta subiria para R$ 5,5 bilhões.
Segundo o grupo, os recursos do IPO vão para o caixa da empresa e serão utilizados para a expansão orgânica da empresa.
Os principais acionistas do Grupo Mateus são:
- Ilson Mateus Rodrigues, que possui 52,60% de participação, e pode reduzir para até 40,10%, caso haja o lote adicional.
- Maria Barros Pinheiro, que tem 38,50%, e pode cair para até 29,30%
- Ilson Mateus Rodrigues Junior, que tem 4,40%, e pode reduzir para 3,30%
- Denílson Pinheiro Rodrigues, que possui 4,40%, e pode cair para 3,30%
Se todos os lotes forem vendidos, e, o IPO sair no preço máximo, a família do fundador Ilson Rodrigues terá R$ 1,8 bilhão no bolso e irá entregar 23,9% do capital da empresa aos investidores. Apesar da participação do fundador cair para 40,1%, esse valor ainda irá corresponder a R$ 10,5 bilhões na B3.
Serão coordenadores da oferta as seguintes instituições financeiras:
- XP Investimentos (líder);
- Bradesco BBI;
- BTG Pactual;
- Itaú BBA;
- BB Investimentos;
- Santander ;
- Safra.
Segundo a revista Forbes, a fortuna do fundador do Grupo Mateus está estimada em cerca de R$ 20 bilhões, sendo o nono brasileiro mais rico.