Presidente do Grupo Caoa esfria expectativa sobre compra de fábrica da Ford
O presidente do conselho administrativo do Grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, afirmou que a aquisição da fábrica da Ford, localizada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, é “remota”. Sendo assim, Andrade esfriou as expectativas sobre uma possível compra da planta.
Andrade ainda disse que fechar uma fábrica como essa da Ford é um “crime”, destacando que o local possui ótimos equipamentos. A Caoa, entretanto, para conseguir finalizar o negócio, precisaria de um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estimado entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões.
Dessa forma, o presidente do Conselho da Caoa iniciou tratativas com grupos chineses interessados em atuar no Brasil. Andrade salientou que foi 15 vezes para a China neste ano para conseguir um acordo, mas não obteve nada concreto. Para ele, a compra da fábrica da Ford seria uma “grande empreitada”.
“Estou conversando com três empresas chinesas e pelo menos uma delas já disse que quer produzir carros no Brasil”, disse. Segundo Andrade, uma das empresas chinesas com quem conversou demonstrou interesse em produzir automóveis e fecharia uma sociedade em que a Caoa teria 51% do negócio.
O empresário brasileiro também falou sobre a possibilidade de obter um financiamento advindo de um Banco de Desenvolvimento da China. Segundo Andrade, a instituição financeira do país oriental só empresta dinheiro para as empresas que são chinesas.
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A fábrica da Ford, localizada em São Bernardo do Campo, foi colocada à venda em fevereiro. Vale destacar que esta era a única fábrica da marca que produzia caminhões. O único carro que era feito no local era o Ford Fiesta.
Com o fechamento da unidade, a empresa mostra que quer sair do mercado de caminhões no Brasil, além de parar com a produção de Fiesta no País. A montadora, entretanto, permanece no Brasil com fábricas em:
- Taubaté (produz motores)
- Bahia (produz os automóveis Ka e EcoSport)
É importante destacar que em setembro deste ano, o governador João Dória admitiu que a Ford e a Caoa já haviam chegado a um acordo e que a compra seria exercida em duas etapas.