Grupo Bitcoin Banco deve R$ 2,1 bilhões, segundo empresa de consultoria
De acordo com a consultoria EXM Partners, as empresas do grupo Bitcoin Banco possuem, no total, uma dívida de curto prazo de R$ 2,1 bilhões. A EXM afirma que as empresas do grupo têm “um excesso de passivo circulante sobre o ativo circulante”.
À 1ª vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central de Curitiba, a empresa de consultoria afirmou que o valor da dívida do Bitcoin Banco tem como base os balanços patrimoniais de setembro de 2019.
Em agosto do ano passado, a empresa já possuía mais de 200 processos judiciais. Os clientes acusavam a empresa de não pagar os valores devidos e ‘sumir’ com os recursos.
O estudo feito pela EXM informa que o grupo Bitcoin Banco perdeu muitos funcionários desde o começo de suas operações. Assim, a empresa reduziu o quadro de 191 pessoas, em junho do ano passado, para 30 colaboradores em dezembro.
A consultoria também diz que os advogados das empresas do grupo renunciaram no processo de recuperação judicial. Além disso, o documento também informa que o Bitcoin Banco parou de realizar qualquer operação ligada a criptomoedas.
Em resposta ao portal Suno Notícias, a assessoria da Bitcoin Banco (V3COM) afirmou que o número dado pela EXM Partners não é oficial. Entretanto este número pode ser “maior ou menor”. Segundo a assessoria, um relatório final deve apresentar a dívida real da empresa.
Pedido de recuperação judicial do Bitcoin Banco
A Justiça do Paraná aceitou o pedido de recuperação judicial do Grupo Bitcoin Banco no dia 27 de novembro de 2019. A empresa de criptomoedas está respondendo a diversos processos judiciais e deve mais de R$ 600 milhões para investidores.
Na época, foi informado que os clientes teriam que aguardar para reaver os recursos investidos por, no mínimo, 180 dias, que é o tempo que dura todo o processo de recuperação judicial.
Vale destacar que os clientes também estão impossibilitados de realizar saques nas plataformas da empresa desde maio do ano passado.
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O Grupo Bitcoin Banco afirmou, na época, que a notícia sobre o processo de recuperação judicial era uma ““vitória fundamental para a reorganização dos negócios e a superação da crise econômico-financeira, uma vez tem ao seu lado a supervisão direta do poder judiciário.”