Grok: Elon Musk quer derrubar o ChatGPT com nova IA

Poucos dias após anunciar uma ofensiva judicial contra a OpenAI, do ChatGPT, Elon Musk anunciou a abertura do código do Grok, modelo de inteligência artificial de sua companhia xAI. Com a promessa, o bilionário cutuca diretamente a OpenAI, companhia que, apesar do nome, abandonou o modelo open source ao qual foi originalmente estruturada.

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O Grok é um chatbot que tenta rivalizar com o ChatGPT. A ferramenta foi disponibilizada aos assinantes da modalidade Premium+ da rede social X (antigo Twitter) que custa entre R$ 84 e R$ 110 por mês. Seu acesso acontece dentro da própria plataforma e não existe um site ou app independente do chatbot.

Criado pela xAI, empresa de inteligência artificial do próprio Musk, o Grok é descrito como um chatbot “bem humorado”. Sua principal diferença é o seu senso de humor sarcástico e politicamente incorreto, supostamente inspirado pela série de livros Guia do Mochileiro das Galáxias. A xAI afirma que o chatbot é capaz de responder até as perguntas mais controversas e rejeitadas por outros sistemas de IA, e que ela é “útil para pessoas de todas as origens e visões políticas”. O fator “rebelde”, contudo, pode ser desligado, o que a aproxima de uma IA mais convencional.

Outro diferencial do chatbot, segundo a empresa, é sua atualização constante em tempo real, a partir de dados extraídos da plataforma X. O ChatGPT, por exemplo, é alimentado por conteúdos da web mas não possui a capacidade de comentar eventos em tempo real. A última atualização de conhecimento de seu modelo mais poderoso, o GPT-4, é de abril de 2023. Já a versão gratuita, de janeiro de 2022.

O Grok pode ser útil para usuários assíduos do próprio X, uma vez que ele é capaz de dar contextos de trending topics e posts em alta dentro da própria plataforma, reforçando o ecossistema da empresa de Musk e sua ideia de criar um super-app, um “aplicativo para tudo”.

Em testes acadêmicos, o Grok superou a versão gratuita do ChatGPT (o GPT-3.5) em desempenho, mas não o GPT-4. A versão paga do chatbot da OpenAI também ganha na quantidade de recursos, incluindo geração de imagens, com o DALL-E 3, navegação via Bing, análise de dados avançada e suas centenas de plugins adicionais de desenvolvedores terceirizados.

Ex-CEO do Twitter processa Elon Musk por demissão

Ex-executivos seniores do Twitter estão processando Elon Musk e a X Corp, holding que detém o X (antigo Twitter).

Os executivos que estão processando Elon Musk pedem uma indenização de US$ 128 milhões.

O ex-CEO do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal, o conselheiro jurídico Vijaya Gadde e o conselheiro geral Sean Edgett alegam, na ação movida na segunda (4) que foram demitidos sem motivo no dia em que Elon Musk concluiu a aquisição do Twitter em 2022, que mais tarde passou a se chamar X.

Como ele não queria pagar a indenização, os executivos dizem que Musk “inventou uma causa falsa e nomeou funcionários de suas várias empresas para defender sua decisão”.

O processo diz que o não pagamento da indenização e das contas faz parte de um padrão de Musk, que foi processado por “multidões” de ex-funcionários do Twitter que não receberam indenização depois que o bilionário os demitiu aos milhares.

“Sob o controle de Musk, o Twitter se tornou um criminoso, que cobrava de funcionários, proprietários, fornecedores e outros”, diz a ação judicial, apresentada no tribunal federal do Distrito Norte da Califórnia. “Musk não paga suas contas, acredita que as regras não se aplicam a ele e usa sua riqueza e poder para passar por cima de qualquer um que discorde dele.”

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Os representantes de Musk e da X, sediada em São Francisco, não responderam imediatamente às mensagens para comentários na segunda-feira.

Os ex-executivos alegam que seus planos de demissão lhes davam direito a um ano de salário, além de prêmios em ações não adquiridos, avaliados pelo preço de aquisição do Twitter. Musk comprou a empresa por US$ 44 bilhões, ou US$ 54,20 por ação, assumindo o controle em outubro de 2022.

Eles dizem que foram todos demitidos sem justa causa. De acordo com os planos de indenização, a “causa” era definida de forma restrita, como ser condenado por um crime, “negligência grave” ou “má conduta intencional”.

Executivos que processam Elon Musk dizem que foram obrigados a pagar honorários
De acordo com a ação judicial, a única causa dada por Musk para as demissões foi “negligência grave e má conduta intencional”, em parte porque o Twitter pagou honorários a advogados externos por seu trabalho no fechamento da aquisição. Os executivos dizem que foram obrigados a pagar os honorários para cumprir suas obrigações fiduciárias para com a empresa.

“Se Musk achasse que os pagamentos dos honorários advocatícios, ou quaisquer outros pagamentos, eram impróprios, sua solução seria tentar encerrar o negócio – e não reter os pagamentos de indenização dos executivos após o fechamento do negócio”, diz o processo.

A X enfrenta um número “impressionante” de processos judiciais sobre contas não pagas, diz o processo.

“Consistente com a atitude arrogante que demonstrou em relação a suas obrigações financeiras, a atitude de Elon Musk em resposta a esses processos crescentes foi, segundo consta, deixe-os processar.”

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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