A Confederação Geral do Trabalho da Argentina convocou uma greve geral de 36 horas no país para esta terça-feira. As lideranças sindicais chamaram pela paralisação do transporte (inclusive aéreo), serviços públicos, coleta de lixo e bancos.
Segundo o dirigente do sindicato dos caminhoneiros, Pablo Moyano, o motivo da paralisação é o acordo da Argentina com o FMI e os cortes sociais e trabalhistas da política de austeridade do presidente Mauricio Macri.
Os sindicatos se posicionam contra os ajustes que fazem parte do acordo entre o FMI e Macri, como o corte de subsídios e demissões de funcionários públicos. Os trabalhadores pedem mudanças na política econômica, o fim das demissões e suspensões de contratos, um freio para as importações e um recuo no orçamento almejado para o próximo ano e no acordo com o FMI.
Além disso, os líderes sindicais apontam o sofrimento da classe trabalhadora com a situação de crise e a alta inflação. O peso argentino já perdeu mais de 50% de seu valor desde o começo do ano.
A greve geral desta terça significa que o governo de Macri tem enfrentado uma greve geral a cada oito meses de seu mandato, que iniciou em 2015.
Aqui no Brasil, o impacto pode ser visto nos aeroportos: a Aerolineas Argentinas cancelou todos os voos hoje, e a Latam também interrompeu todas as linhas com destino e origem na Argentina. A companhia pede que passageiros afetados entrem em contato para remarcar as passagens.
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