Entregadores de aplicativos de delivery, como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi, iniciaram nesta quarta-feira (1) a greve dos entregadores em diversos estados do Brasil. Trabalhadores do setor de entrega de alimentos já vinham organizando a manifestação há semanas, como forma de protesto às condições de trabalho e ao pagamento oferecidos pelas empresas.
A greve dos entregadores visa “parar” o serviço de delivery em boa parte do país. Para que isso seja possível, os trabalhadores fazem movimentos nas redes sociais pedindo que consumidores não façam nenhum pedido pelos aplicativos de entrega de comida.
Os protestos ocorrem principalmente no Distrito Federal e nas seguintes cidades do país:
- Aracaju (SE);
- Belo Horizonte (MG);
- Campinas (SP);
- São Paulo (SP);
- Piracicaba (SP);
- Fortaleza (CE);
- Recife (PE);
- Rio de Janeiro (RJ);
- Salvador (BA);
- Teresina (PI);
- Maceió (AL);
- Goiânia (GO);
Um dos motoboys que participa da greve, Paulo Lima, explicou que “queremos mostrar que as empresas dependem de nós, trabalhadores. Vamos provar para eles que sem nós eles não ganham dinheiro, que não somos apenas números”.
O que ocasionou a Greve dos entregadores?
Apesar dos entregadores não terem uma representação sindical, o protesto reivindica, em grande parte, os seguintes itens:
- aumento do valor recebido por quilômetro percorrido;
- aumento do valor mínimo de cada entrega (definido por cada empresa), que é independente da distância percorrida e do tempo gasto pelo entregador;
- término do que os entregadores consideram “bloqueios indevidos”, quando eles são bloqueados dos aplicativos sem saber o motivo;
- auxílio pandemia, baseando-se na distribuição de equipamentos de proteção individual e licença de saúde.
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O presidente da Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil (Amabr), Edgar Silva, o Gringo, realçou a importância da Greve dos Entregadores.“Só queremos ganhar melhor para almoçar dignamente, trocar peça da moto e não andar precarizado. O novo normal não precisa ser só a mascara e álcool gel, é a forma nova de trabalhar. Só queremos ser remunerados”, disse ele.