A reunião conciliadora realizada na última sexta-feira (11) entre os Correios e os representantes sindicais da estatal terminou sem acordo. Com isso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou o julgamento da ação para o próximo dia 21.
Os funcionários dos Correios em todo o Brasil entraram em greve em 17 de agosto. A paralisação é um protesto contra a privatização da empresa, a “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e solicitam que os direitos trabalhistas sejam garantidos.
No julgamento do próximo dia 21, os ministros do TST podem decidir o valor do reajuste salarial e outras cláusulas que irão vigorar no novo acordo coletivo de trabalho. No último julgamento, o Tribunal decidiu pela exclusão de pais e mães do plano de saúde da estatal.
Em nota, os Correios informaram que seguem trabalhando para minimizar as consequências da paralisação. “Os Correios seguem trabalhando para reduzir os efeitos da paralisação parcial dos empregados. Durante o último fim de semana e feriado de Dia da Independência, os empregados das áreas administrativas e operacional estiveram mais uma vez unidos em prol da manutenção dos serviços da estatal”.
Funcionários dos Correios vão intensificar a greve, diz FENTECT
Os sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios afirmaram que pretendem intensificar a greve e ampliar os protestos pelo país. A declaração aconteceu após os funcionários recusarem a proposta do TST, no dia 28 de agosto.
O vice-presidente do TST, ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, propôs aos funcionários dos Correios estender por mais um ano o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do ano passado, mantendo os atuais benefícios, mas sem o reajuste de 5%.
“A greve vai continuar. Vamos intensificar os piquete e as mobilizações” disse o secretário da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), Emerson Marinho, ao portal UOL.
O trabalhadores queriam debater em Assembleias, desde que a proposta foi aceita. No entanto, os Correios afirmaram ser incabível manter os termos atuais do ACT por causa do impacto da pandemia do novo coronavírus na empresa.
“Não vamos permitir nenhuma retirada de direitos como a empresa quer porque isso coloca os trabalhadores em uma situação difícil economicamente”, disso o representante dos trabalhadores dos Correios.